Sob pressão, deputados podem assinar destituição da líder do PSB
Deputados comunicaram a Tereza Cristina que estão sendo ameaçados de perda do controle de comissões provisórias e de repasses de recursos partidários
Entre a terça-feira (17) e esta quarta-feira (18), a temperatura elevou-se ainda mais no PSB. Deputados federais, nas coxias, relatam terem recebido telefonemas, através dos quais foram avisados que poderiam sofrer punições, caso não assinem a favor da destituição da líder, Tereza Cristina (MT).
A parlamentar, que esteve ontem com o presidente Michel Temer, foi procurada por deputados federais. A ela, eles comunicaram a pressão que passaram a sofrer em relação a possível perda do controle de comissões provisórias e a repasses de recursos partidários.
Alguns deputados federais relataram terem sido contactados mais de três vezes sobre o assunto. Na última segunda-feira (16), na impossibilidade de expulsar os dissidentes, como estava previsto, o Diretório Nacional do PSB determinou que a destituição da líder se desse o mais rápido possível. No entanto, até a terça-feira, não havia votos suficientes para isso. É necessário que metade da bancada mais um membro assinem uma lista a ser protocolada na Mesa para que a troca seja sacramentada. Tereza integra a ala dos dissidentes, da qual faz parte também o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
O PSB nacional visa a garantir votos contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça, onde a votação do parecer referente à segunda denúncia contra o presidente deve se dar hoje. Já os dissidentes, tem dois assentos no colegiado, ocupados por Fábio Garcia (MT) e Danilo Forte (CE), e pretendem votar alinhados com Temer.
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