Sobre PEC paralela, bancada do PT ouvirá governadores
A oposição votou contra a Reforma da Previdência, mas pode flexibilizar em relação à PEC paralela
A ideia é auscultar os governadores do Nordeste, que já vêm adotando posições coordenadas há algum tempo. Mas, inicialmente, a bancada do PT vai ouvir, ao menos, os governadores do partido para alinhar a posição que os parlamentares adotarão em relação à PEC paralela que começa a tramitar no Senado e inclui estados e municípios nas novas regras da aposentadoria. Hoje, a bancada do PT tem reunião e o tema deve ir à pauta. "Vamos convidar para bater um papo e ver o que eles pensam sobre a PEC paralela, que já está começando a tramitar e a gente precisa ter nossa posição. Espero que, até semana que vem, a gente possa ter essa posição. Vamos conversar amanhã sobre isso", informa, à coluna, o senador Humberto Costa. Ainda que a temperatura vá ser tirada primeiro entre os governadores do PT, Humberto cnisdera que a posição dos gestores do Nordeste "deve ser comum". E pondera: "Eles já devem ter um roteiro lá entre eles. Vamos conhecer e avaliar se a gente pode ir no mesmo roteiro". Em outras palavras, a oposição juntou esforços no combate à Reforma da Previdência e contra a retirada de direitos, mas, em relação à inclusão de estados e municípios, ainda pode haver uma flexibilização.
Na semana passada, Humberto já havia adiantado o assunto em entrevista ao programa Folha Política da Rádio Folha FM 96,7. Indagado se seria possível votar contra a Reforma da Previdência e a favor da PEC paralela, Humberto analisara o seguinte: "Eu acho que é um contrassenso o País ter vários sistemas de previdência social, é um contrassenso ter um sistema para uns municípios, outro para outros, um para estados, outro para servidores federais. O lógico seria que nós tivéssemos sistema único para servidores públicos, mas vamos ver a opinião dos governadores, dos prefeitos em relação à questão". Ainda na semana passada, Humberto avisara que o assunto havia entrado na pauta "agora" e projetara: "Vamos ter uma reunião com os governadores do Nordeste especialmente. E vamos colher deles a opinião. Eles dizem que o ideal era que tivesse um único sistema, único regime, mas cololocam também que não é sangria desatada".