Tamanho do apoio à reforma é desafio dos governadores
É consenso que, em algum momento, os gestores terão que apoiar
Até a reunião que terão, no próximo dia 8, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, o desafio dos governadores é chegar a um denominador comum sobre o tamanho do apoio que darão à Reforma da Previdência. Os gestores de executivos estaduais têm convicção de que, se não houver algum movimento pró-reforma, não terão também gesto do Planalto em socorro aos Estados. Isso foi à pauta do Fórum de Governadores anteontem. Em algum momento, terão que declarar apoio à reforma. Nos bastidores, a movimentação de partidos do centrão no sentido de retirar da proposta, na Comissão Especial, a vinculação das regras de aposentadoria proposta aos servidores da União ao funcionalismo de Estados e municípios, é lida como uma forma de pressionar os gestores a abraçarem a "causa". Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira convocou reunião do Diretório Nacional para, hoje, às 8h30. Siqueira já se mostrou pró-fechamento de questão contra a reforma e o diretório é formado por uma ala mais orgânica. A opinião de Siqueira pesa sobre os membros. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, por sua vez, é a favor de discutir a reforma, mas não abre mão da retirada de pontos como a capitalização, a desconstitucionalização, mudanças no BPC e na aposentadoria do trabalhador rural. São os tópicos que constam na carta dos governadores do Nordeste. Sobre parte deles, há entendimento no sentido de o governo ceder, mas a capitalização e a desconstitucionalização são vistos como alvos de maior resistência. O PSB deve deliberar sobre a posição oficial e a condição dos três governadores da sigla, Paulo, Renato Casagrande (ES) e João Azevedo (PB) pode pesar.