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BRASIL

Urnas eletrônicas e primeira eleição direta em 12 anos: como é a escolha do novo presidente do PT

Pleito está marcado para o dia 6 de julho, segundo resolução aprovada pela legenda

Gleisi Hoffmann e LulaGleisi Hoffmann e Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores ( PT) aprovou uma resolução com o calendário e diretrizes para a realização da eleição direta no dia 6 de julho deste ano. O modelo em que cada filiado pode votar na urna eletrônica no seu preferido para comandar a legenda não era adotado pela sigla desde 2013.

O documento estabelece que poderão participar da votação os Diretórios Municipais registrados na Justiça Eleitoral até 30 de abril de 2024. Estarão autorizados a votar ou serem votados os filiados que tenham seu pedido de filiação na legenda até o dia 28 de fevereiro de 2025, “desde que não tenham sido impugnados de acordo com as normas estatutárias”.

A resolução também definiu que o Encontro Nacional do PT será realizado nos três primeiros dias de agosto, enquanto as reuniões estaduais estão marcadas para o período de 19 a 27 de julho.

 

Favorito de Lula
Nesta terça-feira, a corrente majoritária do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB), divulgou uma nota para esclarecer as circunstâncias da reunião realizada na quinta-feira em Brasília em que foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva as resistências que Edinho Silva, tido como favorito enfrenta para assumir o comando do partido. No texto, é defendida a necessidade de “unidade partidária”, o que foi lido como um recado para que o ex-prefeito de Araraquara trabalhe para vencer as objeções ao seu nome .

Edinho, que faz parte da CNB, é o nome preferido de Lula para a eleição interna marcada para julho. “A coordenação da CNB (Construindo um Novo Brasil) esclarece que convidou o presidente Lula para participar de uma reunião, na última quinta-feira, na qual seria definida a indicação do presidente interino do partido, diante do afastamento da então presidenta Gleisi Hoffmann”, afirma a corrente.

O encontro aconteceu no apartamento de Gleisi, que deixou a presidência do partido porque foi nomeada ministra da Secretaria de Relações Institucionais. Estavam presentes os integrantes da CNB que fazem parte da executiva nacional do PT. No mesmo encontro, o senador Humberto Costa (PE) foi escolhido para comandar a legenda até julho.

Edinho enfrenta resistências dentro da CNB e também entre outras correntes internas, como a Democracia Socialista (DS). Nesta terça-feira, o ex-prefeito se reuniu com Gleisi no Palácio do Planalto. O encontro também teve o objetivo de esfriar os ânimos internos. A nova ministra já defendeu um nome do Nordeste para presidir o PT.

De acordo com aliados de Gleisi, a conversa já estava marcada antes da sua nomeação e não foi a primeira entre ela e Edinho nos últimos meses. No encontro de domingo, Edinho disse que gostaria de ter o apoio da ex-presidente do PT.

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