Vacina contra herpes-zóster: comissão abre consulta pública sobre inclusão no SUS
Conitec avalia pedido para oferecer o imunizante Shingrix no PNI a idosos acima de 80 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu, nesta quarta-feira, uma consulta pública para receber manifestações da sociedade civil sobre o processo de incorporação da vacina contra herpes-zóster da GSK na rede pública.
No momento, a comissão analisa um pedido para ofertar o imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para idosos acima de 80 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais.
A consulta é uma das etapas da avaliação, que recomendará, ou não, a inclusão no SUS. Depois, quem dá a palavra final é o Ministério da Saúde.
A vacina avaliada é a Shingrix, aprovada em 2022 no Brasil para maiores de 50 anos e imunossuprimidos a partir de 18.
O imunizante é aplicado em duas doses, com um intervalo de dois meses entre elas. Hoje, no mercado privado, a aplicação é encontrada por cerca de R$ 800, ou seja, R$ 1,6 mil o esquema completo.
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Apesar do nome, o herpes-zóster, também chamado popularmente de cobreiro, é uma doença diferente das outras herpes mais conhecidas. Isso porque o diagnóstico é causado pelo vírus varicela-zóster, o mesmo responsável pela catapora no primeiro contato do patógeno com o organismo, geralmente na infância.
Depois de causar a catapora, o vírus permanece no corpo alojado em um nervo, como se estivesse adormecido. Porém, fatores que diminuem a imunidade podem levar à reativação dele na fase adulta, o que provoca o herpes-zóster. A maioria das ocorrências é em pessoas acima de 50 anos ou imunossuprimidas, grupos considerados de risco para a doença.
Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), aproximadamente uma a cada três pessoas desenvolve herpes-zóster durante a vida. O quadro pode provocar lesões na pele e dores intensas, geralmente em apenas um lado do corpo.
“A incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao SUS representa um avanço significativo na promoção da saúde preventiva no Brasil, além de proteger as populações mais vulneráveis como idosos e adultos imunocomprometidos”, defende o infectologista Jessé Reis Alves, gerente médico de vacinas da GSK, em nota.
É possível enviar a sua contribuição no site da consulta pública, clicando aqui.

