Wagner Rosário nega prevaricação e diz que CGU só teve acesso a dados sobre a Precisa em julho
De acordo com Rosário, o começo das investigações que trouxeram à tona o nome de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, tem base em denúncia recebida em 2019 na CGU
Em sua fala inicial à CPI, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, negou ter prevaricado em relação à denúncias relacionados à negociações irregulares de vacinas e de testes de covid-19 no Ministério da Saúde. Ele apresentou um cronograma das ações da CGU, que segundo ele, reforçam que a pasta tomou todas as medidas possíveis.
De acordo com Rosário, o começo das investigações que trouxeram à tona o nome de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, tem base em denúncia recebida em 2019 na CGU. O órgão, junto com a o Ministério Público e a Polícia Federal, começou a investigar o favorecimento de empresas no Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Em 6 de fevereiro de 2020, foi deflagrada a Operação Parasita e a partir das informações obtidas chegou-se ao nome de Marconny, que teria recebido recursos de empresas investigadas. Foi deflagrada então a segunda fase: a Operação Hospedeiro, na qual foi detectado seu envolvimento em tentativa irregular de negociação de 12 milhões de testes rápidos de covid-19.
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Segundo o ministro, a análise do material apreendido leva tempo para ser concluído sendo, neste caso, cerca de cinco meses e afirmou que os materiais não ficam na CGU, mas com a autoridade policial.
Foi só no final de junho de 2021 que a CGU tomou conhecimento, segundo Rosário, do envolvimento da Precisa em atividades suspeitas no Ministério da Saúde. A CGU solicitou, então, o compartilhamento de informações. A autorização veio em 8 de julho após decisão judicial.
"Até 8 de julho de 2021 a CGU sequer tinha autorização para utilização de informações produzidas sobre Marconny Albernaz e Roberto Dias", disse.