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Doença renal crônica na infância

Trata-se de uma patologia silenciosa e que no caso das crianças, os pais devem ficar atentos aos sinais de que algo não vai bem com os pequenos, já que as lesões renais costumam evoluir mais lentamente e têm sintomas inespecíficos

Foto: freepik.com

A doença renal crônica é a incapacidade dos rins de efetuar suas funções adequadamente, comprometendo a sua taxa de filtração. A causa envolve eventos agudos, como quadros de lesão renal aguda que se cronificam ou está relacionada a perda progressiva da função por outros fatores, principalmente as malformações congênitas do trato urinário. Na infância os sinais de alerta mais comum são as infecções urinárias, que podem acometer até 50% das crianças que evoluem para quadros doenças renais em estágios avançados.

Trata-se de uma patologia silenciosa e que no caso das crianças, os pais devem ficar atentos aos sinais de que algo não vai bem com os pequenos, já que as lesões renais costumam evoluir mais lentamente e têm sintomas inespecíficos. Elas são causadas, principalmente, pelas malformações congênitas do trato urinário ao nascimento.

Nas crianças, os principais sintomas são alterações no aspecto da urina, especialmente as infecções urinárias, inchaço nos olhos e região abdominal, alteração na pressão arterial e déficits no crescimento e desenvolvimento sem justificativas cabíveis. Outros sintomas são a fadiga, dificuldade de concentração, diminuição do apetite; sangue e espuma na urina, incômodo ao urinar, dor lombar, anemia e fraqueza. O transplante é o melhor tratamento dialítico para toda a população. O procedimento é indicado antes mesmo que o paciente necessite de hemodiálise, o que pode aumentar muito a expectativa de vida desta população.

As crianças são prioridade para o transplante renal. Ao longo da vida, o transplante poderá ser realizado mais de uma vez no mesmo paciente, se necessário. O transplante renal é reconhecido como a melhor alternativa de TRS, por apresentar menor incidência na taxa de óbito. O transplante renal é o mais realizado no Brasil, e também o responsável por 35% das crianças que estão na fila aguardando por um órgão. E para falar mais sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou no Canal Saúde com o cirurgião pediátrico Cássio Ribeiro, especialista em nefrologia e transplante renal.
 

Médico cirurgião pediátrico Cássio Ribeiro. Foto: Divulgação

 

O médico falou sobre os casos de doenças renais crônicas na infância.
 
 


“A doença renal na infância, ela é mais comum do que a gente gostaria que ela fosse, é uma doença que não é das mais prevalentes, mas ela ainda assim traz muitos danos à população pediátrica, infelizmente ela acontece em todas as fases da infância, a gente tem desde crianças que já nascem com insuficiência renal por conta de más formações intrauterinas, até crianças que adquirem a doença renal decorrente de outras patologias e podem apresentar em qualquer momento da infância e adolescência.”
 

O especialista explicou como geralmente se dá o diagnóstico da doença pediátrica
 

“As más formações congênitas a gente consegue às vezes detectar ainda no pré-natal, então aquele exame que normalmente se faz do segundo para o terceiro trimestre da gestação que é o que a gente chama de morfológico, e a maioria das pessoas está preocupada em saber o sexo do bebê, mas esse exame vai poder oferecer algumas informações que sugerem já a doença renal e outras vezes, a gente vai perceber isso depois do nascimento, a partir do momento que surgem alguns sintomas que podem aparecer, o primeiro que a gente costuma chamar de um encanamento dos rins que é o sistema de drenagem, que são sintomas urológicos que são aquelas crianças que são portadoras da doença vão ter dificuldade para urinar e com algumas alterações, principalmente quando as doenças atingem diretamente aos rins o que você vai ter um aparecimento da doença mais silenciosas nas crianças. Em alguns casos podem ter anemias, então tem várias formas de se apresentar a doença de forma geral, o sintoma mais frequente são as infecções urinárias. Principalmente quando elas acontecem com muita frequência ou então essas outras alterações como inchaço, como anemia e o cansaço na criança.”
 


 
Ficou interessado? Ouça o podcast completo acessando o link abaixo.

https://open.spotify.com/episode/3GhqSM5Tkvr2siRtfA6Lfs?si=wuO818RkTNeQk6McGTd4Aw&nd=1&dlsi=7e0ad30bc3ef4373

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