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SÃO JOÃO 2025

Fogos juninos e autismo: como lidar com o barulho sem gerar medo e ansiedade

Especialista alerta sobre os impactos dos fogos de artifício em pessoas com autismo e reforça a importância da empatia e da conscientização durante o São João

Criança com as mãos tapando as orelhas e gritandoCriança com as mãos tapando as orelhas e gritando - Foto: Canva

Nesta época do ano é muito típico o uso de fogos nas festividades de São João para alegrar a celebração e festejar a data.

 

Porém, o que para algumas pessoas representa alegria e comemoração, para pessoas autistas os barulhos desses artefatos podem ser prejudiciais e servirem como gatilhos propícios a gerar medo e ansiedade, entre outras situações.

 

Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista conversa, nesta sexta-feira (20), com a psicóloga e neuropsicóloga, Natália Lima no Canal Saúde.

 

Acompanhe a entrevista através dos players abaixo

 

 

 

Para iniciar a conversa, Natália Lima explicou como a reação pode variar de pessoa para pessoa

 

"A variação de como a pessoa vai lidar com esses esses folgos, pode ser a mais variada possível. Depende muito do nível de necessidade de suporte daquela pessoa que tem o autismo."

 

Psicóloga e neuropsicóloga, Natália Lima / Foto: Divulgação

 

A neuropsicologa também explicou quais danos os fogos de artifício podem gerar nas pessoas que possuem o espectro autista

 

"Pode variar desde um medo, uma crise de ansiedade, uma angústia, um desconforto do ponto de vista sensorial, como também pode representar algo de uma dimensão maior, uma desregulação emocional. E sem contar aí em todo o transtorno e todo o trauma gerado."

 

A psicóloga, Natália Lima, orientou o que precisa ser feito minimizar os danos

 

"A principal recomendação é a gente conversar com aquela pessoa, explicar o que é que vai acontecer, dar previsibilidade de todo aquele cenário para que haja toda essa programação e compreensão."

 

Natália Lima ainda deixou um reflexão para a sociedade

 

"Hoje as pessoas falam: 'Ah, que até a nível 1, nível leve'. Então, a reflexão que eu quero deixar para todo mundo é: leve para quem? Então para a pessoa, não é leve, para os seus familiares, não é leve."

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