Mostra "Cidade das Mestras" celebra a força espiritual e ancestral das mulheres negras
Exposição na Torre Malakoff transforma retratos históricos de mulheres negras em pinturas digitais que unem ancestralidade, fé e tecnologia.
A artista visual Amanda de Souza inaugura no dia 14 de novembro, na Torre Malakoff, no Recife, a exposição “Cidade das Mestras”. A mostra combina arte digital, ancestralidade e espiritualidade afro-indígena ao reinterpretar retratos de mulheres negras dos séculos XIX e XX. As fotografias históricas ganham nova vida em pinturas digitais que evocam entidades femininas da Jurema Sagrada.
Para falar sobre a exposição, o programa Folha na Tarde com Simone Ventura, da Rádio Folha FM 96.7, recebeu o curador da mostra Cleonildo Maurício Junior e artista visual Amanda de Souza, ela fala como as pessoas vão sair depois da visita à exposição.
Eu acho que quem visitar essa exposição vai sair com um olhar mais sensível para a história das mulheres no nosso território, para a história da Jurema. Essa exposição, ela tem muito potencial também de encontro com as nossas próprias histórias. Então, nós que somos, em sua maioria povo negro descendente, que somos descendentes também dos povos originários, vamos encontrar ali caminhos de possibilidades também de encontros nessa exposição, sabe?
O projeto é uma continuidade de “A sua casa não tem porta e nem janela”, exibido na FUNDAJ entre 2023 e 2024, reconhecido pela força de sua abordagem visual e simbólica. Com curadoria do antropólogo Cleonardo Maurício Júnior, do Museu Nacional, a exposição valoriza mulheres apagadas pela história oficial.
Acompanhe a entrevista através do player abaixo:
As obras transformam registros coloniais em ícones de fé e resistência. “Cidade das Mestras” permanece em cartaz até 25 de fevereiro de 2026.

