Novembro Laranja alerta para problemas auditivos que afetam milhões de brasileiros
Sintomas auditivos muitas vezes ignorados podem comprometer a qualidade de vida
O som constante de um apito, chiado ou zumbido que parece não ter fim. Para milhões de brasileiros, essa é uma realidade diária que interfere no sono, na concentração e até nas relações pessoais.
Durante o mês de novembro, o país se une na campanha Novembro Laranja, movimento de conscientização sobre o zumbido, a misofonia e a hiperacusia, sintomas auditivos que impactam significativamente a qualidade de vida e que merecem atenção médica especializada.
Nesta quinta-feira (13), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com o otorrinolaringologista Francisco de Biase. Ele falou sobre o Novembro Laranja e a saúde auditiva.
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O otorrinolaringologista Franciso de Biase, inicou a conversa destacando a importância da campanha Novembro Laranja para conscientizar sobre a saúde auditiva
“O Novembro Laranja foi criado justamente para chamar a atenção para alguns sintomas auditivos que muitas vezes passam despercebidos, como o zumbido, a misofonia — que é a intolerância a ruídos repetitivos — e a hiperacusia, que ocorre quando a pessoa não tolera sons muito altos, certas vozes ou apresenta uma sensibilidade auditiva mais apurada.”
Otorrinolaringologista Francisco de Biase/Foto: Divulgação
Dr. Biase também falou sobre a necessidade do diagnóstico precoce, especialmente em crianças, e como a falta de estímulo auditivo afeta diretamente o desenvolvimento da fala
"Então, esse diagnóstico precoce, ele vai evitar justamente que a pessoa não tenha acesso ao estímulo auditivo. e consequentemente ela não desenvolva ela... se ela não tiver o estimulativo, ela não vai desenvolver fala porque ela não vai aprender a falar."
Ao discutir as causas da perda auditiva ao longo da vida, o médico destacou os traumas acústicos como um fator frequente, mencionando eventos de alta exposição sonora
“Quando você falou sobre o trio elétrico, ele geralmente está relacionado a um trauma acústico. Da mesma forma, o estampido de fogos de artifício ou o barulho de tiros — como acontece com quem pratica tiro esportivo ou com policiais — também podem causar esse tipo de trauma auditivo.”
Por fim, Dr. Francisco de Biase ressaltou os avanços tecnológicos no tratamento para a preservação da saúde auditiva
"Hoje a pessoa só fica surda se quiser, porque a tecnologia avançou demais e ela permite, em todos os níveis auditivos, até quem tem uma surdez profunda, de voltar a ouvir ou permanecer ouvindo."

