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CULTURA

Pernambuco tem tradição garantida com nova safra de sanfoneiros

O ciclo junino 2025 mostrou que jovens talentos estão tocando e cantando nossa autêntica música nordestina

Jovem músico Guilherme do Acordeon, Patrícia Breda e o professor Júlio César na Rádio Folha FMJovem músico Guilherme do Acordeon, Patrícia Breda e o professor Júlio César na Rádio Folha FM - Foto: Felipe Nascimento

O Ciclo Junino deste ano reacendeu a polêmica sobre a continuidade, ou não, das nossas tradições musicais através das novas gerações. A âncora Patrícia Breda, Rádio Folha 96,7 FM, conversou nesta quarta-feira (02) com o instrumentista e professor Júlio Cesar, Conservatório Pernambucano de Música e o jovem talento, que aos 16 anos já toca profissionalmente, Guilherme do Acordeon. Assim como o  jovem músico, novos nomes surgiram nos palcos este ano, inclusive muitos participaram da tradicional  Caminha do Forró, evento que abre o São João do Recife.

Para Júlio César essa polêmica não existe. 

“Tem muita gente boa tocando o forró o ano inteiro. Apesar do foco sempre ser a questão das atrações nas programações culturais do São João, eu vejo e conheço locais onde a nossa música é tocada o ano inteiro. E tem muita gente nova, com muito talento, não só tocando sanfona, como compondo, cantando e tocando os instrumentos tradicionais do trio-pé-de-serra, assim como Guilherme do Acordeon," explica o músico.

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E como ressaltou Júlio César, é importante o estímulo da família, que ouve música ou toca algum instrumento, que vai com os filhos aos concertos da Orquestra ou Banda Sinfônicas da cidade e assim, naturalmente, cresce o interesse pelo aprendizado de algum instrumento.

E foi isso mesmo que aconteceu com Guilherme.

“Meu primeiro contato com a sanfona foi em Triunfo, onde vi um sanfoneiro se apresentar. Eu tinha uns 9 anos e fiquei fascinado pelo instrumento. Recebi o incentivo da família e hoje, já toquei com grandes artistas como Mano Walter, Maciel Melo, Geraldinho Lins, Novinho da Paraíba, entre outros.  Fui convidado por Cezzinha para participar, nesta sexta-feira (4), do Forró de Candeeiro, no Centro Cultural Galeria Suassuna, em Apipucos”, conta Guilherme.

Júlio César afirma que o importante é que a nova geração faça sua releitura das músicas dos grandes mestres, mantendo sempre as referências. O importante é dar vida, interpretar com a linguagem musical de cada época, como uma forma de perpetuar a tradição, defende o músico.

 

 

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