Planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos
Ampliação do acesso aos métodos contraceptivos são ferramentas de planejamento reprodutivo essenciais para garantir direitos às mulheres
Todos os homens e mulheres têm o direito de decidir, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos e em que momento de suas vidas isso deve acontecer. O planejamento reprodutivo é uma pauta importante que visa proporcionar às pessoas o controle consciente e responsável sobre sua saúde sexual e reprodutiva. Neste contexto, a ampliação do acesso à informação e aos métodos contraceptivos são ações imprescindíveis para que seja possível garantir o exercício dos direitos reprodutivos no país. Cerca de 62% das mulheres já tiveram, pelo menos, uma gravidez não planejada no Brasil. Esse índice alarmante foi revelado por uma pesquisa da Bayer, em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e realizado pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria). Para falar mais sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha FM 96,7, conversou com o ginecologista e obstetra do Cisam, Mateus Glasner, nesta sexta-feira (28), no Canal Saúde.
Ginecologista e obstetra do Cisam, Mateus Glasner. Foto: divulgação
Durante a entrevista, o especialista, Mateus Glasner explicou que nos últimos 30 anos a mulher vem desempenhando um papel diferente na sociedade, que gera a conscientização de querer planejar.
“A mulher agora quer planejar e organizar a sua vida reprodutiva, para escolher como e quando ela vai querer ter filhos. A partir do momento em que temos a mulher tendo essa vontade, a médica busca alternativas para oferecer à mulher a oportunidades dela ter uma vida sexual plena e ao mesmo tempo estar protegida de uma gestação indesejada. Uma parte significativa das gestações, entre 40% a 50%, não são nem desejadas. Ou seja, a gente tem um universo de quase um terço de todas as mulheres que engravidam e que não desejavam a gestação. Mesmo as que desejavam, não planejaram. Isso influencia diretamente na organização da vida da mulher, tanto do ponto de vista de trabalho, como do ponto de vista de relacionamento", explica
O ginecologista ressaltou que existem vários tipos de métodos contraceptivos, mas a população não usa o mais adequado por falta de informação.
“Nós temos uma pequena divulgação da quantidade de métodos contraceptivos, que são mais de oito métodos aprovados pela ANVISA. Isso sem ser necessário especificar cada dosagem de medicação. Temos adesivo, pirula, dio, implante, e anel varginal. São muitos os métodos que temos à disposição e que a população não conhece por desinformação. Muito porque ainda este tema é considerado um tabú”, explicou.
Você acessa a entrevista na íntegra através do player abaixo.