Pomadas capilares no Carnaval: saiba os riscos para a visão
Oftalmologista Telma Florêncio orientou sobre a utilização e cuidados com o produto
A folia do carnaval é um momento de expressão através das fantasias, maquiagens e penteados. Para que os cabelos permaneçam intactos durante as horas de festa, muitas pessoas usam as conhecidas pomadas capilares. Esse produto, no entanto, pode trazer danos à visão como irritabilidade e até a destruição do tecido ocular, por isso, é importante reforçar os cuidados com os olhos.
Para curtir os festejos de momo sem precisar ir às pressas à emergência, é necessário estar atento ao manuseio das pomadas capilares. Caso utilize o produto, é primordial ter cuidado para que ele não escorra até os olhos através do suor, ou em caso de chuva, pois é este contato que gera danos.
Nesta segunda-feira (23), a oftalmologista especialista em cirurgia e clínica de retina, Telma Florêncio, foi entrevistada por Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, no Canal Saúde. Na conversa, ela trouxe esclarecimentos sobre a utilização das pomadas capilares e perigos que são apresentados por elas.
Acompanhe a entrevista completa acessando os players abaixo.
A oftalmologista Telma Florêncio alertou para a atenção com a procedência dos produtos, que em alguns casos, sequer são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É muito importante saber primeiro que esses produtos precisam ter uma validação, saber que são produtos que tem procedência, que foram testados. Porque, realmente, essas pomadas capilares não foram desenvolvidas para o uso na face, mas no Carnaval o folião vai estar lá o dia inteiro, suar e às vezes ela escorre para o olho. Como elas às vezes contém silicone, isso pode aderir à superfície ocular, além de terem também substâncias químicas na composição ou mesmo nas fragrâncias. Aí pode causar desde sintomas leves até sintomas graves, como uma opacidade da córnea e perda visual.”

A médica também trouxe orientações de como agir caso a pomada capilar entre em contato com os olhos e gere sintomas de incômodos.
“Se for possível, usar o soro fisiológico e lavar abundantemente. Mas se estiver no meio das festas, no Carnaval, e não for possível, lave com bastante água corrente para tirar o excesso, e às vezes até aquela substância química mais difícil ou silicone mesmo. Se persistir a irritação, olho vermelho, embaçamento visual ou dor, o paciente deve procurar um atendimento de emergência para ter os primeiros cuidados e uma avaliação mais minuciosa com o médico oftalmologista.”