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LUIZ GONZAGA

Sanfoneiros prestam homenagem a Luiz Gonzaga na Folha FM

O Rei do Baião faria 110 anos nesse 13 de dezembro, Dia Nacional do Forró

Foto: Paullo Allmeida

Começou nos estúdios da Rádio Folha FM 96,7, nesta terça-feira, 13 de dezembro, o início de uma Roda de Sanfona idealizada por Terezinha do Acordeon para o Espaço Mamulengo, na Praça do Arsenal, no Recife Antigo, que reuniu dezenas de sanfoneiros para homenagens a Luiz Gonzaga. A data, por ter sido o nascimento do Rei do Baião, que faria 110 anos, também marca o Dia Nacional do Forró e o Dia do Sanfoneiro. Num clima festivo, a âncora do programa Folha na Tarde, Patrícia Breda, recebeu Terezinha do Acordeon, Ceça Moreno, Paulinho do Acordeon, Chico Botelho, Tony Vaqueiro e Paulinho Swing, que relembraram vários sucessos de Luiz Gonzaga, que deixou vivo um legado da autêntica música nordestina, trazendo os costumes de nosso povo, que se renova na manutenção do forró pé-de-serra, do xote, do baião e do xaxado.

A programação da Folha FM  96,7, que mantém valoriza as raízes do forró, nesse dia de celebrar Luiz Gonzaga fez uma grade musical com especiais com músicas eternizadas pelo Rei do Baião, interpretadas por ele próprio e por outros artistas, como Gonzaguinha, Elba Ramalha, Fagner, Gal Costa, Milton Nascimento, Dominguinhos, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo entre outros. Patrícia Breda também recebeu para entrevista Santanna, O Cantador, que relembrou  acontecimentos da vida de Gonzaga, e do legado que deixou para as futuras gerações, lembrando ter sido criação de Luiz Gonzaga o conhecido Trio pé-de-serra que reuniu os elementos da sanfona, triângulo e Zabumba.

Forrozeiros com Patricia Breda, na Folha FM. Foto: Paullo Allmeida

Histórico

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, Sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Era filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, "sanfoneiro de 8 baixos", e de Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Aos 17 anos, depois de levar uma surra da mãe, por insistir em namorar a filha de um coronel, que o ameaçou de morte, Luiz Gonzaga fugiu de casa, e foi para o Ceará, onde em 1930 ingressou no exército. Depois que deixou o exército em 1939, e logo depois foi para o Rio de Janeiro, onde passou a cantar em bares e cabarés, até conseguir cerca de 10 anos depois um espaço no Rádio e iniciar algumas gravações, mas ainda sem sucesso, que só viria no final dos anos 47, com a parceria com Humberto Teixeira, e depois com Zé Dantas e João Silva. A partir do final dos anos 1950, com a chegada da Bossa Nova e, mais tarde, da Jovem Guarda, Luiz caiu no ostracismo, retornando aos palcos e ao sucesso nos anos 70 e 80, inclusive com parcerias com seu filho Gonzaguinha, com destaque, com a música A Vida do Viajante. Em 2 de agosto de 1989 Luiz Gonzaga morreu em Recife, de parada cardiorespiratória, depois de sofrer de osteoporose por dois anos. Seus últimos shows foi feito em cadeira de rodas.

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