Sepse ou infecção generalizada, maior causa de mortes nas UTIs, é tema do Canal Saúde; ouça
O âncora Jota Batista conversou, na Rádio Folha 96,7 FM, com o médico intensivista Marçal Paiva Júnior
Nenhuma infecção deve ser ignorada, para que não evolua para um quadro mais grave. A sepse ou infecção generalizada, como também é conhecida, é uma doença grave, que atinge cerca de 17 milhões de pessoas por ano em todo o mundo; segundo dados do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), 600 mil só no Brasil. O problema representa 65% dos casos de falecimentos em UTIs, ao passo que a média mundial fica entre 30 e 40%.
Para tratar do assunto, o âncora Jota Batista conversou, nesta edição do Canal Saúde, com o médico intensivista Marçal Paiva Júnior, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva de Pernambuco – SOTIPE.
"Qualquer processo infeccioso pode evoluir de forma desfavorável, levando a disfunções orgânicas. A gente chama isso de sepse, que é a complicação de uma infecção inicial, que tanto pode ser adquirida na comunidade como adquirida no ambiente do hospital", explicou o médico. "Qualquer pessoa pode ter sepse, mas existem aquelas que têm um maior risco: idoso; quem tem comorbidades, como as respiratórias, cardíacas e renais; e quem tem qualquer alteração na imunidade", completou.
Marçal Paiva Júnior falou a respeito dos perigos representados pela sepse, mesmo com o consumo de antibióticos, além de elencar as condições que mais comumente levam à infecção generalizada.
"O que principalmente causa as infecções que evoluem para a sepse são: infecção respiratória, pneumonia; infecção urinária e infecção intra-abdominal, como uma apendicite, uma diverticulite", apontou o convidado. "Não estou dizendo, por exemplo, que quem tem uma infecção na garganta, bacteriana, não pode evoluir. Pode, mas não é o mais frequente", alertou.
Confira esta edição do Canal Saúde na íntegra, acessando o player abaixo: