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Cuscuz tem indicação como Patrimônio Imaterial de Pernambuco aprovada pela Alepe

Prato tradicional já havia sido declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pelo Unesco em 2020

Cuscuz nordestino com carnde de sol e queijo coalhoCuscuz nordestino com carnde de sol e queijo coalho - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

Assunto gastronômico do momento graças ao Big Brother Brasil, o Cuscuz ganhou um importante reconhecimento do legislativo local. A Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou a indicação do cuscuz como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. Em sessão remota do colegiado nesta quarta-feira (3) o aval foi concedido. Ano passado a tradicional iguaria nordestina já havia sido declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pelo Comitê de Patrimônio da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).

Por meio de um projeto de resolução, a proposta partiu do Deputado Gustavo Gouvêia (DEM). “Existem muitas receitas de cuscuz pelo mundo, mas nenhuma como a do cuscuz nordestino. Não restam dúvidas, portanto, de que se trata de um Patrimônio Cultural Imaterial”, justificou o parlamentar no documento.

De acordo o deputado, o título é mais do que merecido pela importância do alimento “É uma homenagem muito justa ao prato, que possivelmente é o mais tipicamente pernambucano, e que faz parte das nossas refeições diárias. Sabemos que existem muitas receitas de cuscuz pelo mundo, com muitas variações, mas nenhuma como a do cuscuz nordestino. Ele faz parte da nossa história e cultura, é mais que justificado o nosso cuscuz receber o título de Patrimônio Cultural e Imaterial.”, disse.

Segundo o Regimento Interno da Alepe, cada parlamentar pode fazer uma sugestão para o Registro do Patrimônio Cultural Imaterial por ano, passando pela análise de legalidade à Comissão de Justiça e de mérito, ao Colegiado de Educação e Cultura. Cumpridas essas fases, a indicação deverá ser votada em plenário. Em seguida, a proposta é encaminhada para a Secretaria Estadual de Cultura, que tem 30 dias para dar um veredito.

A origem do Cuscuz é atribuída ao Oriente Médio, mais especificamente à cidade de Maghreb, localizada no Norte da África. A introdução no cardápio brasileiro foi feita através dos colonizadores portugueses, em meados do século XVI. A receita original rapidamente ganhou toques brasileiros e passou a receber ingredientes locais. Ao longo do tempo, a iguaria foi ganhando toques regionais e características próprias em cada região do país.

Engana-se quem pensa que o cuscuz tão apreciado pelos nordestinos é feito só de milho. Ele também pode ser preparado com farinha de arroz e servido com acompanhamentos doces, e massa de mandioca

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