Saúde

Saiba como fortalecer as defesas do intestino

Profissionais de saúde sugerem os alimentos que equilibram a flora intestinal e elevam a imunidade

Alimentos fermentadosAlimentos fermentados - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Aos poucos, a ciência vai descobrindo os efeitos do novo coronavírus no organismo. Tanto que uma pesquisa publicada na revista Science, no começo de maio, adianta que o intestino também pode ser um orgão bastante afetado, justificando as causas de diarréia e vômito frequente entre os pacientes. Esses sintomas, que ultrapassam os problemas conhecidos no sistema respiratório, embora continuem sendo avaliados pelos estudiosos, alertam sobre os cuidados necessários também com a flora intestinal.

Aliás, essa é uma parte do corpo que desempenha papel fundamental para a harmonia do organismo, seja do ponto de vista hormonal, metabólico e imunológico. Segundo a nutricionista especialista em obesidade e cirurgia bariátrica, Flávia Monteiro, a flora é um conjunto de micro-organismos patogênicos e benéficos, que colonizam o intestino e vivem em equilíbrio, sem competições. “Mas isso em pessoas saudáveis, pois em casos de doenças ou tratamentos medicamentosos, pode haver desequilíbrio, não ocorrendo a síntese adequada de todos os nutrientes”, explica.

Se algo não anda bem neste quesito, ficam comprometidos os papéis de digestão e absorção, além de efeitos diretos na questão endócrina e imunológica. “Nesse caso, aumenta a permeabilidade do intestino, favorecendo o contato direto de micro-organismos com as células imunes, através do epitélio intestinal, que é uma barreira física responsável pela produção e transporte de fatores imunológicos e antimicrobianos. Isso diminui a seletividade na absorção de toxinas, bactérias, proteínas e peptídeos, contribuindo para o comprometimento do sistema imunológico e, consequentemente, da saúde integral do indivíduo”, completa a especialista.

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Alimentação
Para manter uma boa flora é preciso alimentar corretamente o agrupamento de bactérias do bem existente nessa região. É hora de consumir os chamados probióticos, que são micro-organismos úteis nesse equilíbrio junto com os prebióticos, conhecidos como os “alimentos” dos probióticos. Entre os exemplos estão leite e seus derivados, kefir, kombucha, chucrute e tofu. Já os prebióticos são cebola, batata yacon, alho, tomate, aspargo, alcachofra, aveia, banana, amido resistente e outros, além de alimentos in natura orgânicos, como frutas e leguminosas.

De acordo com a nutricionista Thaise Costa, da marca de alimentos Tia Sônia, o iogurte também está na lista dos ingredientes recomendados. “Outra vantagem desse alimento é que ele consegue até promover a sensação de bom-humor, pois o intestino funcionando bem, a quantidade de serotonina produzida é muito maior, o que causa essa sensação. Quando for comprar escolham por iogurtes com probióticos ou iogurte natural, com o mínimo de ingredientes possíveis, são mais saudáveis”, aponta.

Por outro lado, as pessoas coloca esse esforço a perder quando excedem no consumo de produtos industrializados, ricos em carboidratos simples como doces, açúcar refinado, refrigerantes, adoçantes artificiais, embutidos e aditivos como conservantes e corantes. “Mas não são só os alimentos capazes de fazer esse desequilíbrio, o estresse psicológico, fisiológico, o sono inadequado e o sedentarismo também contribuem”, reforça Flávia Monteiro.

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