Problemas na visão: histórico familiar é fator de risco
É a necessidade de cada paciente que vai orientar qual a frequência da rotina dos exames para antecipar possíveis doenças e diminuir o risco de danos aos olhos.
Descobrir doenças potencialmente graves antecipadamente é fundamental para o paciente, já que as chances são grandes de se adquirir menos danos aos olhos. Doenças perigosas, como o glaucoma, – que é a maior causa de cegueira irreversível do mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma – tem tratamentos que são mais eficientes quando a doença é descoberta o mais cedo possível.
A depender dos fatores de risco relacionados às doenças oftalmológicas, o paciente precisa atentar para a realização dos exames em períodos mais frequentes. “Se alguma doença tem relação direta com a família, vem o mote de examinar as pessoas cada vez mais jovens. No glaucoma, por exemplo, é fundamental ficar atento à escavação do nervo ótico se tiver grande, a pressão intraocular alta, histórico familiar e miopia”, destacou o oftalmologista, Roberto Galvão Filho, chefe da Residência Médica e do Setor de Glaucoma do Instituto de Olhos do Recife (IOR).
Os exames oftalmológicos de rotina são feitos de acordo com a necessidade do paciente, podendo chegar a ser até semanalmente dependendo do caso. “Se tiver histórico familiar de doenças, mas não tem pressão ocular aumentada, pode ser consultado por volta de um ano. A depender dos fatores de risco, diminui para seis meses. Se não tiver problema oftalmológico e usa óculos simples, cerca de um ano também a revisão. Se não tiver nem problema oftalmológico e nem usa óculos, pode ser por volta de dois anos. E se for diagnosticado com glaucoma ou outra doença, pode ser a cada seis meses, ou até mesmo mensal ou semanal, dependendo da gravidade”, explicou Galvão Filho.
Anualmente, a paciente Daniella Rêgo, 45 anos, realiza exames oftalmológicos. Por ter o pai diagnosticado com glaucoma, e apresentar um aumento da escavação do nervo ótico, é importante a paciente manter a rotina médica. “Tenho aumento da escavação, mas sem aumento da pressão intraocular, e meu pai tem glaucoma. Então, é fundamental ficar acompanhando. Há cinco anos também passei a usar óculos para perto. E neste mês, em uma consulta, chegou a necessidade de óculos para longe”, contou.