Não cometa erros no self-service
Para driblar a tentação da variedade, nutricionistas sugerem os caminhos para uma escolha consciente
Chega a hora do almoço e aquela mesa do self-service reúne itens que vão do Nordeste ao Japão. O prato do restaurante é largo e a vontade de comer tudo aquilo também. Eis a hora de praticar o desapego e retirar do balcão apenas aquilo que saciará a fome, sem sabotar a dieta. Parece difícil? Nem tanto! Mas você precisa exercitar diariamente algumas orientações repassadas pelos nutricionistas.
De início, evite passar horas sem se alimentar, para não chegar ao meio-dia com aquele vazio na barriga. Segundo os profissionais de saúde, esse contexto provoca um descontrole emocional em meio a tantas sugestões apetitosas. Em seguida, vale dar uma olhada no balcão inteiro antes de entrar na fila. Só assim é possível já ir definindo o que vai comer e não ser pego de surpresa por aquela travessa generosa de lasanha com bastante molho branco e queijos ou a “inocente” fatia de pizza mo meio do bufê.
Na hora de fazer as escolhas, o nutricionista Nasto Rabelo destaca: “limite-se a dois tipos de carboidratos numa quantidade que não cubra o prato todo. Porque, normalmente, as pessoas colocam vários tipos, quando a preferência deve ser por verduras e legumes”, comenta. Sendo assim, melhor esquecer aquela velha combinação de arroz branco, purê de batata e macarrão. Rabelo também sugere a exclusão de frituras ou produções com molhos muito gordurosos. “No geral, preferir os integrais e o mais importante: evitar a sobremesa”, completa.
Em termos de quantidade, a recomendação é para que a salada ocupe metade do prato. Quanto mais colorido, melhor! É isso que trará a diversidade de nutrientes, ainda de acordo com os especialistas. Na hora de escolher a proteína, dê preferência para as carnes brancas, como frango e peixes, ou mesmo carnes vermelhas - que são ótimas fontes de zinco, ferro e vitamina B12, mas que devem ser escolhidas pelo tipo magro. Entre as opção, filé mignon, patinho, coxão mole e até a maminha.
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Higiene é essencial
Também é bom ficar atento na forma como os alimentos estão sendo apresentados. “Observar a temperatura de cada item, como saladas, além da base de molhos e ovos, que deve estar sobre a rampa de gelo. Com esse calor, a contaminação é grande e há caso de vômitos e diarréias por contaminação nesse ambientes”, alerta a nutricionista Iane Lira.
O cuidado não recai apenas nas comidas propriamente ditas, mas também na validade de produtos embalados, como os molhos engarrafados. “Muita atenção na higiene do lugar e até das pessoas que estão no ambiente conta. Observar se os talheres estão limpos sem gorduras ou os pratos mal lavados”, reforça Lira.