Corpo de Bombeiros explica os riscos do álcool

Dona de casa sofreu um acidente após ter passado álcool pelo corpo para se proteger da Covid-19

Álcool em gel - Léo Malafaia/Folha de Pernambuco

Na luta contra o novo coronavírus, o álcool se tornou um item indispensável nos lares pernambucanos, tanto que já se encontra em falta em muitas farmácias e supermercados.

Seja em forma de gel, para higienização das mãos ou líquido, para limpeza de objetos como maçanetas, chaves e celulares, o álcool 70%, por ser uma substância inflamável, pode ser perigoso e causar queimaduras e proporcionar incêndios.

Leia também:
Professores da UFPE produzem álcool 70%
Sindaçúcar-PE doa álcool 70% ao Governo de Pernambuco


Na última segunda-feira (23), no interior de Cachoeirinha, Agreste pernambucano, a dona de casa Joselma Quitéria da Silva, 43 anos, sofreu um acidente após ter passado álcool pelo corpo para se proteger da Covid-19, em seguida acendeu um cigarro, o que lhe provocou diversas queimaduras. Após dois dias, Joselma Quitéria faleceu no Hospital da Restauração.

O major Barros do Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBPE) explicou sobre os riscos de ter álcool em casa. "Os perigos são de queimaduras e incêndios quando utilizados próximo de uma chama ou fonte de calor." 

De acordo com o major Barros, mesmo em formatos diferentes, os dois tipos de álcool são inflamáveis, sendo que "o líquido derrama fácil e se espalha com mais facilidade na superfície, aumentado o risco de queimar e se propagar sem controle", ressalta.

As recomendações do CBPE para as pessoas são:
- Respeitar as informações contidas nos rótulos do produto sobre os riscos de manipulação próxima a fontes de calor para evitar queimaduras e incêndios;
- Não estocar grandes quantidades do produto, pois isso pode potencializar o risco de um grande incêndio;
- Seguir as orientações dos fabricantes sobre utilização e armazenamento reduz os riscos.

Mesmo em falta em muitos estabelecimentos, o álcool em gel tem sido encontrado em feiras e vendido por ambulantes. Porém, de procedência duvidosa. A produção clandestina de álcool pode trazer vários riscos, como alerta o major. "Produzir álcool em casa é muito perigoso. Transformar a casa em um laboratório é perigosíssimo. O álcool é produzido sob controle de regras químicas e farmacêuticas para ter a qualidade devida." O major Barros ainda enfatizou que o álcool 'caseiro' é "sem segurança e sem garantia de eficácia contra o coronavírus."

Acompanhe a cobertura em tempo real da pandemia de coronavírus

+ Coronavírus em Pernambuco, no Brasil e no mundo 
+ Coronavírus na Política
+ Coronavírus na Economia
+ Coronavírus em Diversão&Arte
+ Coronavírus no Esporte