RADIONOVELA

Rádio Folha FM leva ao ar obra de William Shakespeare

“Ricardo III” foi adaptada para o radioteatro pelo escritor Moisés Neto

Escritor Moisés Monteiro de Melo Neto - divulgação

A Rádio Folha FM 96,7 segue com apresentações de peças do escritor Moisés Monteiro de Melo Neto, no seu espaço para radioteatro, toda sexta-feira, às 17 horas, com reprise aos domingos, 11h. Esta semana uma obra do grande escritor William Shakespeare trás a grandeza de um personagem medieval, com “Ricardo III: O preço do Poder”. A peça retrata um homem maquiavélico que não mede esforços em sua ambição, passando por cima de tudo e de todos para chegar ao poder. Essa é a descrição do protagonista de "Ricardo III”. Uma figura associada à perversidade e ao poder que é implantado sem nenhuma ética. O tema tem uma forte relação com a atualidade no País e no Mundo. Moisés Neto interpreta Ricardo III, enquanto a âncora da Rádio Folha, Patrícia Breda interpreta Ana Neville, a sonoplastia é de Anderson Ricardo.

Histórico
Ana de Neville foi  esposa do rei Ricardo III e rainha consorte do Reino da Inglaterra de 1483 até sua morte. Era filha de Ricardo Neville, 16.ª Condessa de Warwick. Seu primeiro marido foi Eduardo Westminster. Em 1469 Warwick rompeu relações com o rei Eduardo_IV_de_Inglaterra e juntou-se a Margarida_de_Anjou, líder da Casa_de_Lencastre, então exilada em França. A mudança de alianças de seu pai ditou o casamento de Anne com Eduardo_de_Westminster, príncipe de Gales e herdeiro de de Henrique VI, o rei aprisionado na Torre de Londres. Os Lencastres conseguiram repôr Henrique VI no trono em 1470, mas na Primavera de 1471 tanto Warwick como Margarida  foram derrotados por Eduardo IV. Westminster morreu na batalha de Tewksbury, deixando Ana viúva. 

A 12 de julho de 1472, Ana casou de novo com Ricardo II da Inglaterra, o irmão mais novo de Eduardo IV. Em 1483, , Ricardo declarou os sobrinhos, os príncipes na Torre, ilegítimos e tornou-se rei da Inglaterra, com o nome de Ricardo III. Anne tornou-se então rainha consorte, mas por pouco tempo. Morreu em 1485, pouco tempo antes da derrota do marido e do fim da Guerra das rosas. Ela está enterrada na abadia de Westminister.

Ricardo III nasceu em 1452 como um nobre sem grandes expectativas de poder na Inglaterra, já que era o mais novo filho de Ricardo Plantageneta, o terceiro Duque de York. Mas mudanças repentinas no destino era com ele mesmo. A realidade mudou quando Ricardo tinha apenas três anos, já que sua família entrou em guerra contra a casa de Lancaster pelo domínio do país. Os York tinham como brasão uma rosa branca. Os Lancaster, uma vermelha. A Guerra das Duas Rosas duraria toda a vida do pequeno Ricardo. Aos oito anos, ele viu o pai, um tio e um irmão morrerem em batalha. Mas outro irmão, Eduardo, derrotou o rei Henrique VI e tomou a coroa para si. Eduardo virou o rei Eduardo IV e Ricardo, de repente, se tornou príncipe. Mas a guerra não tinha acabado. Henrique VI destronou o rival, só para perder o reino de novo no ano seguinte para Eduardo IV, que premiou o irmão caçula com terras e dinheiro. 

Na década de 1480, Ricardo, agora um príncipe adulto poderoso, invadiu a Escócia e conquistou mais territórios. Isso não serviu para nada quando Eduardo IV morreu: o novo rei não seria ele, mas o primogênito do irmão, Eduardo V, de 12 anos. Ricardo se tornou, então, o Lorde Protetor, cargo que o deixou governando de fato a Inglaterra. Não ia ter golpe. Mas aí Ricardo colocou os sobrinhos pequenos (além de Eduardo V, seu irmão menor, herdeiro do trono) sob custódia na Torre de Londres. Eles não sairiam de lá vivos. Além disso, Ricardo executou Lorde Hastings, conselheiro de seu falecido irmão. Em 1483, Ricardo III se tornou o novo rei inglês.
O Reinado de Ricardo III durou só dois anos. Em 22 de agosto de 1485, ele foi derrotado por Henrique Tudor, encerrando assim a guerra. O agora Henrique VII inaugurou a dinastia Tudor e foi sucedido pelo filho Henrique VIII, aquele que criou uma Igreja para si e colecionou esposas e hereges queimados na fogueira. Quanto a Ricardo III, ele foi o último monarca inglês a morrer no campo de batalha e entrou para a história como o mais controverso rei do país, um usurpador que matou os sobrinhos e se tornou um dos maiores vilões das obras de Shakespeare, revisto aqui por Moisés Monteiro de Melo Neto.