Café Colombo lança coletânea com entrevistas com 18 autores

Seleção de entrevistas com 18 autores para o Café Colombo ganha as páginas de coletânea a ser lançada no dia 11

Eduardo Cesar Maia (à esquerda) e equipe do site: ideia é tratar dos temas literários de modo descontraído, como quem toma um café com os amigos - Divulgação

Um grupo de estudantes amantes de literatura e culturalmente engajados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), há quase 15 anos se uniu para criar um programa de rádio. O projeto começou de forma despretensiosa, mas hoje já tem site, revista, livro e é nacionalmente conhecido. É o Café Colombo. Neste mês, no sábado da semana que vem (dia 11), será lançado “Sobre Livros e Ideias: Uma Seleção de Ensaios e Entrevistas do Café Colombo”. Para formalizar a apresentação da obra ao público, o ato de lançamento será no Castigliani Cafés Especiais (Estrada do Encanamento, 232, Casa Forte). Também será lançada a sétima edição da Revista Café Colombo. A entrada é gratuita.

Este livro é o terceiro volume de uma coletânea das melhores entrevistas que aconteceram durante o programa radiofônico, mas com uma diferença. Nesta edição, além das tradicionais ping pongs, ensaios sobre assuntos cotidianos e filosóficos também integram as 205 páginas. A intenção do projeto literário não é, mesmo que aparente, ser voltado apenas para o público universitário. “Buscamos sempre manter uma linguagem acessível para tratar a cultura de maneira ampla e atingir qualquer pessoa que tenha interesse intelectual”, explica o professor de comunicação social da UFPE e editor do livro Eduardo Cesar Maia. Àqueles interessados, o custo do livro é de R$ 25 e o e-book na Amazon custa R$ 5.
No total, 18 escritores assinam os textos. Entre eles estão pernambucanos como o próprio professor Cesar Maia, Raimundo Carrero, Débora Ferraz e Cristiano Ramos; os cearenses Samarone Lima e Everardo Norões; além de autores estrangeiros como, por exemplo, o filósofo espanhol Francisco José Martín e o filósofo mexicano Jorge Roaro.

Na opinião de Cesar Maia, a pluralidade de colaboradores é um aspecto importante para a abrangência do público-alvo. Isso porque, acredita, quem gosta de um determinado autor vai comprar o livro e desfrutar de todo o conjunto. Além de descentralizar os assuntos e valorizar a literatura não só local. Na primeira tiragem deste volume estarão à venda 500 exemplares.
Um ponto que vale ressaltar é que a crítica do Café Colombo não se atém às militâncias políticas. A busca dos especialistas redatores é, propriamente, analisar teoricamente os casos e objetos para fazer uma avaliação mais aproximada do, digamos, “imparcial”.
Muito embora isso não signifique que o grupo não fale de assuntos de cunho social. A ideia é tratar da profundidade dos assuntos, sem perspectivas rasas e superficiais.

Da mesma maneira como surgiu a proposta do Café Colombo - cujo nome veio em homenagem a Confeitaria Colombo (no Rio de Janeiro), que reunia intelectuais da literatura para debater casualmente vários temas -, a motivação é tratar de conteúdos de forma descontraída - assim como quem bebe um café com amigos.