'Consegui me despedir dele. Quantas mães sonham com isso?', desabafa Maria Lina sobre perda de filho
Seu filho com o humorista Whindersson Nunes morreu 30 horas após o parto
A estudante de engenharia e influencer Maria Lina Deggan contou, em entrevista à revista Marie Claire, sobre sua gravidez e a perda do filho com o humorista Whindersson Nunes. Ela revelou que descobriu ter uma condição chamada trombofilia, que pode causar abortos e parto prematuro. "Fui para o hospital grávida e voltei com o colo e a barriga vazias. Não existe dor maior do que essa para uma mulher", desabafou.
Maria relata que sua gravidez foi inicialmente tranquila e que seguia todas as recomendações para manter a si mesma e a seu bebê saudáveis. O único problema eram os enjoos, que dificultaram a alimentação, mas era contornado com soro.
O susto veio na vigésima segunda semana. Maria acordou com dor, mas decidiu ir à padaria tomar café da manhã. Na volta, percebeu que estava com um sangramento. Imediatamente chamou Whindersson. O pai de João Miguel tentou acalmá-la, e foram ao hospital.
"Tenho uma condição chamada trombofilia, que só fui descobrir depois, que pode causar abortos e parto prematuro. O tratamento é com anticoagulante, mas infelizmente a maior parte das mulheres só descobre depois de uma ou mais perdas", explicou a influencer.
No hospital, a equipe médica realizou o exame do toque. Ao perceber que a médica não disse nada, Maria afirma ter percebido que a situação é grave. Questionou o que estava acontecendo e ouviu que estava entrando em trabalho de parto.
"Lembro como encostava no rosto do Whindersson, e dizia 'o João é muito pequeno para ficar fora de mim, ele não vai conseguir'. A gente tentou inibir as contrações, mas nada funcionou. Entrei em trabalho de parto às dez da manhã. Às 18h21 ele nasceu", conta.
Bebês que nasceram com menos de 37 semanas são considerados prematuros. Os cuidados devem ser reforçados se o período da gestação for inferior a 28 semanas. João Miguel tinha 22 semanas.
Apesar de todos os esforços médicos, o filho de Maria e Whindersson não resistiu e faleceu. O então casal ficou devastado com a perda.
As poucas horas que tiveram com o pequeno foram preciosas, diz Maria. "Uma coisa que acalma o coração é saber que tive a oportunidade de ver meu filho nascer, de pegá-lo no colo, de ficar 30 horas de vida com ele. Consegui me despedir dele, eu e o Whindersson. Quantas mães sonham com esse momento? Quantas perdem antes disso e ficam imaginando como seria o rostinho, o pezinho, a mãozinha? Tive o privilégio de dar adeus a ele, de vê-lo respirar, sentir o calor de sua pele."