Marília Mendonça

Laudo do IML sobre vítimas de acidente com aeronave sai em dez dias

Para legista de Caratinga faltam apenas resultados de exames sobre condições cardíacas e neurológicas

Avião de Marília Mendonça - Reprodução / Twitter

Laudo do IML sobre vítimas de acidente sai em dez dias e vai atestar 'politraumatismo em órgãos vitais' como causa das mortes.

Marília Mendonça:
Segundo legista de Caratinga, faltam apenas resultados de exames sobre condições cardíacas e neurológicas do piloto e do copiloto para descartar qualquer mal súbito.

Já está na reta final o laudo do Insituto Médico Legal (IML) de Caratinga sobre a causa da morte das vítimas do acidente com o avião que transportava a cantora Marília Mendonça e mais dois passageiros, além do piloto e do co-piloto, na última sexta-feira. O médico legista Pedro Coelho, responsável pelo caso, vai atestar "politraumatismo contuso" no documento, que será entregue à polícia dentro de dez dias. Segundo ele, isso quer dizer que houve múltiplas lesões em órgãos vitais,  um indicativo de que as mortes aconteceram instantaneamente após a queda da aeronave.

 

Coelho é legista desde 2015 e nunca tinha desempenhado sua função num desastre de avião. Na tarde daquela sexta-feira, ele estava de plantão no IML de Caratinga, onde trabalham mais dois profissionais. É um local de porte pequeno, numa cidade pequena, onde quem está na escala é acionado por celular. Exames de maior complexidade são enviados para o IML de Belo Horizonte, que tem mais recursos disponíveis. Para lá seguiram pedidos de análises cardíacas e neurológicas do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso Pessoa Viana. O médico explica que isso é um procedimento padrão nesse tipo de caso, de morte por causa violenta. Também é obrigatória a solicitação de exames toxicológicos.

"É preciso descartar ou confirmar, por exemplo, se o piloto ou o copiloto passaram mal durante o voo, se tiveram ou não um mal súbito. Todo tipo de detalhe precisa ser analisado", ressalta.

O médico conta que a elaboração do laudo foi relativamente simples e que nada de anormal chamou sua atenção. Ele garante que na análise não encontrou qualquer indício de efeitos de uma possível descarga elétrica —  uma das hipóteses levantadas pelas autoridades que investigam o acidente é que uma das hélices do bimotor se chocou com um cabo de uma torre da empresa de energia Cemig.

"Normalmente em casos de choque há queimaduras e não havia esse tipo de lesão".