Carta-bomba contra FMI veio da Grécia

Grupo anarquista Conspiração das Células de Fogo é o principal suspeito do atentado em Paris

Polícia deixa o escritório do FMI, em Paris, depois que uma carta-bomba explodiu no local - Chis tophe aschambault/afp

 

O gru­po anarquista e de extrema-esquerda Conspiração das Células de Fogo ainda ativo na Grécia é o principal suspeito de ter enviado uma carta-bomba que explodiu ontem na sede parisiense do Fun­do Monetário Internacional (FMI) e feriu uma assistente da direção, um ato chamado pelo presidente François Hollande de "atentado".
De acordo com o vice-ministro grego da Defesa Civil, Nikos Toskas, o pacote enviado ao FMI foi expedido de Atenas, assim como outro enviado no dia anterior ao ministério das Finanças alemão. "Estamos diante de mais um atentado, não há outra palavra frente a uma carta-bomba", declarou o presidente francês. "Continuamos a ser alvos. Desta vez foi o Fundo Monetário Internacional, mas foi na França, é a França (...) Estamos diretamente envolvidos", declarou Hollande, durante uma visita ao Sul do país.

 A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde classificou o ato de "violência covarde". A explosão na sede do FMI em Paris foi causada por um artefato pirotécnico "relativamente artesanal", que provocou "danos limitados no escritório" onde explodiu, indicou o comissário de polícia Michel Cadot durante uma breve coletiva de imprensa no local.
Atirador
Também na manhã da última quinta-feira (16), um estudante de 16 anos abriu fogo ) em uma escola na cidade de Grasse, no Sul da França, atingindo três alunos e o diretor da instituição.

A polícia entrou no colégio Tocqueville e prendeu o suspeito, que ainda estava armado com um rifle, pistolas e uma granada. Segundo as autoridades, ao menos seis outras pessoas ficaram feridas na correria, algumas devido ao "choque emocional".

 A motivação do estudante parece estar relacionada a suas relações ruins com os outros estudantes no colégio, em que aparentemente ele tinha dificuldades de se integrar.
Segundo o jornal "Le Monde", publicações do aluno detido em redes sociais indicam que ele era fascinado pelo massacre de Columbine, no qual dois estudantes de uma escola de ensino médio nos EUA mataram 12 alunos e um professor, em 1999.
O incidente ocorre em meio a um estado de emergência, que está em vigor na França desde os atentados realizados em Paris pela facção terrorista Estado Islâmico, em novembro de 2015.