Música

'Terral': Pedro Luis e Yuri Queiroga lançam primeiro álbum em parceria

Álbum vai ao ar em áudio stereo em todas as plataformas digitais e na tecnologia dolby atmos, com exclusividade para assinantes da Apple Music, na próxima sexta-feira (15)

Pernambucano Yuri Queiroga e carioca Pedro Luis lançam primeiro álbum em parceria, nesta sexta (15) - Jorge Bispo / Divulgação

O pernambucano Yuri Queiroga e o carioca Pedro Luis inauguram o primeiro álbum da parceria musical, hoje, em áudio estéreo em todas plataformas musicais e na tecnologia “dolby atmos”, com exclusividade para assinantes da Apple Music. “Terral”, como é chamado o vento mais favorável ao surf que vai da terra para o mar, dá nome ao novo projeto, que revisita canções de Pedro sob o olhar de Yuri.

“(Terral) vai das coisas do coração ao amor pela natureza, passando pelas janelas da crônica social. As canções se sucedem num concerto pop, um eletro orgânico que vai da mais sutil e branda canção a um maremoto rock’n roll brazuca", explica Pedro Luis. O repertório, segundo Yuri, fala da interação com o meio ambiente. “Que ventos a gente quer enviar daqui da terra pro mar?”, indaga o artista. 

O projeto será apresentado pela primeira vez no palco no Festival de Inverno de Garanhuns, no dia 29/07, no Palco Pop, às 19h. 
 
Ouça:
 


O álbum
Com a assinatura da dupla de músicos parceiros que revisitaram composições clássicas de Pedro Luís, o disco traz temas atuais sobre a realidade social brasileira. A produção autoral de Yuri Queiroga emprestou um viés mais eletrônico que resultou em uma musicalidade eletro-orgânica. As letras fortes e o ritmo dançante se somam às percussões e beats que fortalecem a narrativa. A miséria, o amor, o cotidiano, a família e as urgências da pauta ambiental são temas recorrentes.

No processo de produção do disco, múltiplas sonoridades e linguagens fazem de “Terral” um “álbum-concerto”, em que a dupla é a “banda sinfônica” - tanto descarregando seus multi-instrumentos gravados para serem disparados, quanto performando ao vivo. 

Audiovisual
Os vídeos que acompanham as músicas ganham especial destaque, com imagens subaquáticas do acervo dos mergulhadores Ricardo Gomes e Doug Monteiro, editadas por Jéssica Leal, a exemplo de “Miséria S.A” (com siris em disputa e tartarugas pedindo ajuda), “Sangue soa” (com pescadores artesanais explorando a natureza com pouco impacto), “Miséria no Japão” (com imagens de plásticos, máscaras e outros resíduos no mar e nas praias)  e “Batalha naval” (com peixes e tubarões cuja aparência é assustadora e são marginalizados e tidos como perigosos sem de verdade serem). 

Mais sobre os artistas:

Pedro Luís
Raro artista auto-suficiente, multifacetado e agregador, compõe canções para MPB com parceiros vários. Seu cancioneiro autoral passeia por diversos matizes sendo gravado por Ney Matogrosso, O Rappa, Cidade Negra, Fernanda Abreu e Elza Soares. Foi diretor musical de “As Brasileiras” e “Elza”, ambas as séries da rede Globo.

É fundador, idealizador e intérprete do Monobloco. Além dos clássicos discos de Pedro Luís e a Parede, lançou os álbuns solo Tempo de menino, Aposto, Vale quanto pesa: pérolas de Luiz Melodia e Macro, projeto em parceria com Batman Zavarese.

Yuri Queiroga
Produtor musical e músico, o recifense Yuri Queiroga ganhou um Grammy Latino em 2007 pelo disco Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa, de Elba Ramalho. Ganhou melhor trilha sonora no Festival Cine Música com “Amor, Plástico e Barulho”. Produziu trilhas do programa "Transando com Laerte”, novela “Geração Brasil” da Rede Globo e espetáculo “O Cão Sem Plumas” da Cia Déborah Colker. Em 2019 foi indicado novamente ao Grammy Latino por O Ouro do Pó da Estrada, de Elba Ramalho, e ao Prêmio da Música Brasileira pelo projeto Frevotron com os parceiros Spok e DJ Dolores. Como músico, acompanhou os artistas Lula Queiroga, Roberta Sá, Otto, China e Elba Ramalho em turnês pelo Brasil e Silvério Pessoa, Dj Dolores e Lucy Alves em shows pela Europa, Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes e Japão. Com Pedro Luís, assina a produção musical do Projeto Macro e do fonograma Caio No Suingue relançado em 2021.