CANAL SAÚDE

Pé Diabético: causas e impactos sociais

O cirurgião vascular e endovascular, Bruno Canto, foi entrevistado no Canal Saúde desta quarta-feira (14)

Divulgação

O Pé Diabético, que se apresenta em pacientes com Diabetes Mellitus, é uma complicação crônica da doença e com um dos maiores impactos sociais, pois é a principal causa de amputações de membros inferiores, com origem não traumática, e da diminuição da qualidade de vida do paciente. Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista entrevistou, no programa Canal Saúde desta quarta-feira (14), transmitido pela Rádio Folha 96,7 FM, Bruno Canto, médico cirurgião vascular e endovascular, membro da sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Ele também atua no hospital Getúlio Vargas e atende nas Clínicas Conceito e Regenere.

Segundo o médico, o Pé Diabético é um pé de um paciente que tem cronicamente alteração da glicemia- concentração de açúcar no sangue- e causa problemas com o passar do tempo.

A longo prazo, isso vai causar várias alterações que, muitas vezes, são irreversíveis. Basicamente, o que acontece com o Pé Diabético são deformidades no pé. A arquitetura do pé é mais deficiente, não é um pé “normal”. Geralmente, ele tem um desabamento do arco plantar, ou seja, é um pé chato que tem proeminências ósseas onde não deveria ter, o que favorece a formação de feridas. Além de alterações neurológicas e motoras, ou seja, é um paciente que não sente muito bem o pé e não consegue movimentá-lo normalmente”, afirmou o cirurgião.

Bruno Canto alertou, ainda, que existem dois fatores mais importantes para se levar em consideração no desenvolvimento do Pé Diabético: o tempo que se tem diabetes e como se controla a doença.

Pode ser que um paciente tenha diabetes há 10 anos e nem saiba que tem a doença. Então, ele não a controla de forma alguma: não faz exame ou prevenção nenhuma, não vai ao médico. Quem tem diabetes há mais tempo, tem uma chance maior de desequilibrar a doença. Mas se a pessoa que tem diabetes há mais tempo faz atividade física, tem um peso adequado para sua altura, tem uma alimentação adequada, é um paciente que tem tudo para ter a vida mais normal possível”, concluiu.

A entrevista na íntegra está no podcast Canal Saúde. Você escuta clicando nos players abaixo, ou no seu agregador de podcast preferido.