CANAL SAÚDE

Conheça os tratamentos cirúrgicos da dor crônica que não responde a métodos convencionais

O neurocirurgião, João Gabriel Ribeiro Gomes foi entrevistado no Canal Saúde desta quarta (14)

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Pessoas que sofrem de dores crônicas, que limitam as atividades do dia a dia, sua qualidade de vida, trabalho, e que não apresentam melhora com outros tratamentos disponíveis, podem ser beneficiadas com o tratamento neurocirúrgico da dor. A dor crônica acontece em qualquer parte do corpo, como por exemplo, a cabeça e a coluna, que são os principais locais das dores.Os médicos dão o diagnóstico que o paciente tem a dor crônica, quando a mesma persiste acima de três meses. Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista conversou, nesta quarta-feira (14), com o neurocirurgião João Gabriel Ribeiro Gomes, no Canal Saúde, da Rádio Folha FM 96,7, também transmitido pelo Youtube da Folha de Pernambuco. 

Neurocirurgião  JoãoGabriel Ribeiro Gomes. Foto: Divulgação.

Durante a entrevista, o neurocirurgião disse que existe um tratamento mais leve, com uso de remédios, outro tratamento mais invasivo que é dividido em três tipos.

“O primeiro é a ‘neuromodulação’, que é colocar um eletrodo que trabalha em conjunto com um marcapasso e fica dando choques em uma determinada região do corpo, removendo assim a dor. A segunda opção de tratamento é chamada de ‘aplativo’, nesse procedimento é danificada uma área específica. A terceira opção é a implantação de uma bomba que vai ficar entregando medicação em tempo contínuo”, disse.

Segundo o médico, os tratamentos não necessariamente durante toda a vida.

“Enquanto o paciente tiver bons resultados a gente deixa aquilo, não existe prazo de validade. Alguns destes materiais tem uma bateria que descarrega ao longo do tempo. Estando tudo bem, o paciente dando uma boa resposta trocamos a bateria. Só é recomendado retirar se houver complicações”, comentou. 

O médico afirmou que 20% das dores agudas evoluem para dores crônicas, e 20% dos pacientes com dores agudas precisarão passar por procedimentos para tratar essa dor. Ele continuou explicando que a intensidade das dores são variáveis e depende de pessoa para pessoa. 

“Tem pacientes que têm dores de cabeça muito fortes. Quanto mais forte é a dor, mais agressiva a gente é naquele tratamento. Obviamente um paciente que tem uma dor leve, super tolerável, praticamente não precisa tomar remédio”, explicou o médico. 

Segundo Dr. João Gabriel para realizar o diagnóstico ele depende do relato do paciente. Ele explicou que não existe um equipamento, ou exame que possa comprovar que o paciente tenha dor crônica, por este motivo, depende do relato do paciente. 
 

“Aquelas pessoas que não conseguem me dizer : ‘Olha estou com dor na cabeça’. Para essas pessoas existem escalas que a gente aplica para avaliar a dor de uma forma indireta. Por exemplo, aquelas crianças que são muito irritadas, um bebê que chora muito, leva muito a mão à cabeça, vez ou outra tem vômito. Nesse caso juntamos o relato da família com o comportamento da criança”, disse.

Você acessa a entrevista na íntegra clicando no player abaixo ou no seu agregador de podcast preferido.