Opinião

Somos 8 bilhões de humanos no planeta Terra

No dia 15 de novembro último erámos 8 bilhões de habitantes no mundo segundo dados divulgados pela ONU - Organização das Nações Unidas. Para que esta estimativa fosse confirmada muito concorreu a crescente longevidade que se manifesta em todos os continentes, a evolução da medicina e o desenvolvimento do conhecimento cientifico nas mais diversas aéreas. Infelizmente, o crescimento populacional não proporcionou a diminuição das desigualdades entre os humanos. Tanto que o secretário geral da ONU, Antônio Guterres chegou a declarar: “centenas de milhões estão enfrentando a insegurança alimentar e até a fome”.

Guterres ainda denunciou: “os pobres enfrentam fome, fugindo de casa com problemas de dívidas, dificuldades, guerras e desastres climáticos”. É interessante destacar, fazendo uma retrospectiva que o mundo chegou ao 1 bilhão em 1804 e levou 123 anos para chegar a 2 bilhões; mais 33 anos para alcançar 3 bilhões, em 1960; após 14 anos, em 1974, chegou a 4 bilhões e com mais 13 anos, atingiu 5 bilhões, em 1987; aí mais 12 anos, 6 bilhões, em 1999; outros 12 anos, 7 bilhões em 2011 e com apenas 11 anos, estamos com 8 bilhões, nestes 2022. Com projeção para atingirmos 9 bilhões em 2037, decorridos mais 15 anos. Os estudos da ONU estimam que o mundo contará 10 bilhões de habitantes em 2057. Podendo
estabilizar por volta de 2100. A grande indagação é onde estará distribuída esta população? Estará sadia? E, quais condições humanas, os habitantes estarão vivendo?

Atualmente, a China com 1,411 bilhões lidera o ranking, seguida pela Índia com 1,316 bi; EUA, 331 milhões; Indonésia, 273 mi, Paquistão, 220 mi; Nigéria que é o país que tem o maior crescimento populacional no momento, 217 mi; o nosso Brasil em 7º lugar com 215 mi; Bangladesh com 164 mi; a  Rússia com 145 mi; México, 128 mi em 10º lugar; Japão com 126 mi; Etiópia, 114 mi; Filipinas, 109 mi; e Egito 102 mi em 14º lugar.

Estes são os países que, no momento, tem população superior aos 100 milhões de habitantes. Vê-se que há uma predominância ou quase uma concentração de países asiáticos e africanos. A Rússia é o único país europeu. Nas Américas: EUA, México e o nosso Brasil. É muito grave.

Vale lembrar que há outros países que, no momento, não estão na lista acima, mas que estão com crescimento populacional em escalas exponenciais como é o caso da República Democrática do Congo, da Tailândia, da Tanzânia. O Brasil deve manter-se em 7º mais populoso, segundo estimativas da ONU, pelo menos até 2050. É uma explosão demográfica no nosso planeta. É sério!

O relatório da ONU dá conta de que a expectativa de vida do habitante da terra deverá chegar em 2050, a 77,2 anos muito embora a taxa de fecundidade tenha entrado, definitivamente, em declínio. Mas, a população mundial só deverá conviver com o decréscimo a partir de 2087.

Algumas curiosidades, no relatório, merecem destaques tais como o maior grupo étnico do mundo é o chinês. Consequentemente, é o mandarim a língua mais falada (12,44%) pela população mundial. Seguida pelo espanhol (4,85%); inglês (4,83%) e o árabe (3,25%). A maior religião continua sendo a cristã com 33,35% da população mundial, seguida pelos adeptos do islamismo com 22,43%. Em terceiro, o hinduísmo com 13,78%.

Certo é que o controle populacional sempre foi abordado por diversas razões e motivos. A partir da taxa de natalidade e suas limitações. Mas fatores como pobreza, meio-ambiente e crenças religiosas sempre influenciaram no controle populacional. Daí, o tema do aborto sempre tão atualizado e reivindicado nas mais diversas pautas mundiais.

Na pratica, acabamos de enfrentar uma pandemia, a Covid-19, e inexoravelmente, a indagação chega de pronto: como o mundo vai enfrentar novas pandemias? Outro aspecto é que não há um só dia que de uma forma ou de outra, o item aquecimento global não esteja no nosso cotidiano. Como enfrentar as consequências, cada dia mais amplas, frequentes e intensas? As mudanças climáticas são cada vez mais radicais. E, ao mesmo tempo, e por mais contraditório que posso parecer: Como todos terão acesso a água potável quando uma grande maioria, como no caso do nosso Brasil, muitos dos nossos irmãos não tem acesso qualquer a água que é um dos itens que o nosso governo teria a necessidade de ampliar atendimento assim como a saúde, a habitação, a educação, o saneamento, a infraestrutura para todos.



*Empresário e jornalista
frupel@uol.com.br



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