Ibram

Quem é Fernanda Castro, nova diretora do Instituto Brasileiro de Museus

Eleita em meio à polêmica de censura e acusada de "dirigismo cultural", Fernanda já foi diretora substituta do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro

Ministra da Cultura, Margareth Menezes e ex-diretora substituta do Museu Histórico Nacional, Fernanda Castro - Divulgação

A ministra da Cultura Margareth Menezes anunciou, na última quinta-feira (12), o nome de Fernanda Castro como nova presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão vinculado ao governo federal que trata da política nacional de museus.

Fernanda — que entra no lugar de Pedro Machado Mastrobuono, integrante da equipe de transição de Tarcísio Freitas (Republicanos) no governo de São Paulo — foi diretora substituta do Museu Histórico Nacional, instituição no Rio de Janeiro alvo de uma determinação considerada como "dirigismo cultural", segundo servidores, no último ano do governo Bolsonaro.

À época, a Secretaria Especial de Cultura interferiu no processo de seleção pública para novo diretor do museu e vetou o nome da primeira colocada, a historiadora Luciana Conrado Martins, num ato classificado como censura pelos funcionários da casa.

Fernanda Castro é historiadora, com mestrado e doutorado em Educação, além de mestranda em museologia. Foi representante dos servidores do Ibram, gestora da Rede de Educadores em Museus e coordenadora do Comitê de Educação e Ação Cultural Conselho Internacional de Museus.

Antes de se dedicar à carreira acadêmica e se tornar servidora, atuou como professora de história da rede pública municipal da cidade de Teresópolis, no Rio, e na rede estadual, no ensino de jovens e adultos, na capital fluminense. Foi também educadora no Museu Chácara do Céu e no Museu Histórico Nacional, ambos no Rio.

O Ibram é uma entidade que congrega todos os 27 museus federais, como o Museu da Abolição, no Recife, o Museu da República, no Rio, e o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, em Minas Gerais. No comparativo entre 2018 e 2022, durante o governo Bolsonaro, as despesas executadas pelo organismo caíram de R$ 136 milhões para R$ 123 milhões.