PF prende envolvido em bloqueios em rodovias federais de MS
Agentes deflagraram a Operação Unlock II nesta sexta-feira (20); um suspeito foi detido em Dourados
Um homem apontado como organizador de bloqueios em rodovias de Mato Grosso do Sul foi preso na manhã desta sexta-feira (20) pela Polícia Federal (PF), em Dourados, na Operação Unlock II. O suspeito teria feito barricadas e incendiado pneus na BR-163, em novembro do ano passado. A PF também realiza hoje a primeira fase da Operação Lesa Pátria para identificar os participantes dos ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Os agentes também cumpriram três mandados de busca e apreensão em MS nesta sexta, pela Operação Unlock II. "As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul em processo que investiga as manifestações e bloqueios em rodovias ocorridos naquela região no mês de novembro de 2022", informou a corporação, por meio de nota.
O suspeito preso é apontado como integrante de um grupo de pessoas que usavam máscaras e carros sem placas - retiradas propositalmente, segundo a PF - que descarregou pneus e formou uma barricada no local denominado Trevo da Bandeira, na BR-163, na área urbana de Dourados, em 18 de novembro do ano passado.
Os pneus que formavam a barreira na rodovia foram incendiados, gerando grande transtorno e perigo aos que por ali transitavam, resultando, inclusive, no incêndio de um veículo e sua completa destruição, diz a PF.
Dois dias depois, os agentes da PF prenderam o motorista que transportou os pneus até o local do incêndio. Também foi realizada apreensão do veículo e de materiais que teriam sido utilizados no ato criminoso.
A ação desencadeada hoje tem por objeto o aprofundamento das investigações, em especial a identificação dos demais envolvidos, inclusive organizadores e financiadores do ato ilícito, diz a PF.
Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal também realizou na manhã desta sexta-feira a primeira fase da Operação Lesa Pátria para identificar os participantes dos ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A PF busca reconhecer aqueles que financiaram ou fomentaram a invasão das sedes dos Três Poderes.
Os alvos são investigados pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Ao todo, estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandatos de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A autorização partiu do STF.
Entre os alvos, estão uma intérprete de libras, um ex-funcionário terceirizado do governo e um influenciador que utilizava um canal na internet para incitar atos antidemocráticos.