rio de janeiro

REP Festival: organização sabia que evento não seria no Parque Olímpico há sete meses

Prefeitura do Rio de Janeiro afirma ter negado a autorização para o local duas vezes, sendo a primeira delas em junho de 2022

Caos no REP Festival levou o evento para os assuntos mais comentados do país - Reprodução

Os organizadores do REP Festival, maior evento de rap do Brasil, já sabiam que não teriam a autorização do governo municipal para a realização dos shows no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, há mais de sete meses. Ao GLOBO, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou ter recebido o primeiro contato da produção em maio de 2022. O pedido, negado pouco mais de um mês após a solicitação, foi novamente recusado em janeiro deste ano, quando os produtores entraram com um novo requerimento.

Segundo a prefeitura, "em 7 de janeiro de 2023, a organização fez uma nova solicitação para realizá-lo no Parque Olímpico e, dez dias após, recebeu outra negativa municipal". Foi então que a organização deu entrada, em 26 de janeiro, para que o evento acontecesse em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade.

"O alvará foi deferido na sexta-feira (10/02), após o cumprimento de todas as exigências dos órgãos. A Prefeitura do Rio ainda esclarece que não foi patrocinadora do REP Festival e que não determina o local onde um evento deve ocorrer, premissa que é dos respectivos organizadores", destacou o governo em nota.

Com uma mudança de local às vésperas da data dos shows, que desagradou grande parte do público, o primeiro e único dia de apresentações, neste sábado, foi marcado por atrasos, filas nos ônibus, lama, falta de estrutura e até presença de animais silvestres — e pode receber uma multa de R$ 12 milhões.