Seduh busca soluções como mini casas para habitação popular
Atualmente Pernambuco tem um déficit estimado em 350 mil moradias
Pernambuco sofre déficit habitacional nos centros urbanos das regiões metropolitanas de Recife, Caruaru e Petrolina. Segundo a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado, Simone Nunes, em almoço com empresários do setor imobiliário na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Snduscon/PE), há várias soluções para esse problema, como a verticalização da habitação popular e o movimento Tiny House.
“Podemos reduzir o tamanho das casas para tirar a população de palafitas e atender um número bem maior de famílias. Há outras soluções também como a ocupação de imóveis ociosos", disse a secretária.
Simone ainda afirmou que vai usar de sua experiência como servidora da Caixa Econômica Federal (CEF) para enfrentar o problema da habitação de interesse social no Estado. "Vamos atuar em diversas frentes e chamar os diversos agentes para resolver as questões, estamos conversando com a Caixa, Compesa, Ministério Público, Prefeituras para construir soluções. Além disso, conversamos com o governo federal e temos sinalização positiva de novos recursos", disse.
"Estamos olhando o problema de forma aberta, não só para verticalização”, continuou Simone. Atualmente Pernambuco tem um déficit estimado em 350 mil moradias.
Simone diz que não há uma única solução para o problema, só os modelos antigos não resolvem. “Vemos que a pessoa que mora numa área de risco, porém central, não quer morar num município distante, ele termina voltando. Sem falar que o Estado precisa fazer investimentos em infraestrutura em locais mais afastados”, afirma, lembrando de
A secretária contou aos empresários que a pasta passou por reformulação e o seu foco agora é habitação de interesse social, dentro do escopo de desenvolvimento urbano. "Nosso plano é impactar 50 mil famílias com habitações de interesse social", afirmou.
HERANÇA
Dentro da meta, explicou, há questões que envolvem a regularização fundiária. "Por isso a Perpart veio para a Seduh.” Na estatal Pernambuco Participações (Perpart) há atualmente 90 mil unidades habitacionais com pendências de regularização fundiária. Ela relembra que nos últimos quatro anos apenas pouco mais de duas mil unidades foram regularizadas e que o objetivo é acelerar esse processo. "Temos mais de 10 mil unidades dentro do Minha Casa, Minha Vida na faixa 1 não entregues, apenas na Caixa", disse. A intenção é trabalhar com metas concretas para viabilizar a moradia popular em três frentes: entrega dos imóveis com obras paradas, regularização fundiária e novas unidades.
Sobre esse último tema, que envolve aplicação de novos recursos, Simone descreveu que as condições orçamentárias desfavoráveis do Estado podem ser enfrentadas com dedicação e soluções inovadoras. Ela destacou que, ao contrário do que se havia propagado, encontrou muitos problemas financeiros herdados da antiga administração.
"Apenas em dezembro a Seduh realizou R$ 92 milhões em convênios para obras diversas que não têm relação com habitação. A reforma administrativa tirou o tema mobilidade da pasta. No total, temos hoje R$ 155 milhões de instrumentos assinados para 2023 e um orçamento de R$ 15 milhões. Vamos eleger prioridades e ir atrás do dinheiro para fazer parte das obras que demonstrem funcionalidade", disse. O desafio em investir em habitação, disse, é agregar apoio dos diversos atores para atingir a resolução dos entraves. "Fizemos uma reunião com a Caixa há 10 dias e foi a primeira vez que tivemos o presidente da Compesa participando ativamente da questão relativa aos empreendimentos