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Gravidez tardia: é possível ter um bebê após os 40 anos com segurança?

A Fertilização in Vitro (FIV) é uma possível opção para engravidar de forma segura após os 40 anos

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Planejamento e organização prévia são essenciais para passar por uma gestação. Vida financeira e formação profissional, por exemplo, devem entrar nesse planejamento. Essas questões tomam tempo e, muitas vezes, o desejo que têm várias mulheres de se tornarem mães é deixado de lado. Por conseguinte, tentativas para engravidar, ocasionalmente, não dão o resultado esperado devido a impeditivos de saúde, que nem as próprias mulheres que querem ser mães sabiam que tinham. A idade também é um fator que dificulta a gravidez, que, quando não vem espontaneamente, é possível utilizar a Fertilização in Vitro (FIV) para engravidar com segurança após os 40 anos.

Além da boa condição geral de saúde, a mulher que deseja engravidar tardiamente deve iniciar, imediatamente, uma investigação da sua fertilidade. Para falar sobre o assunto, Jota Batista conversou, no Canal Saúde desta quinta-feira (30), com a ginecologista Altina Castelo Branco, especialista em fertilização.

ginecologista Altina Castelo Branco. Foto: divulgação

A médica explicou, durante a entrevista, o porquê da gravidez ser considerada de risco quando acontece tardiamente. 

“Hoje, uma mulher de 40 anos pode estar jovem e sadia, mas, infelizmente, os ovários estão na contra-mão. A expectativa de vida é maior, mas os ovários estão parando de funcionar mais cedo, porque cada vez mais as mulheres menstruam mais cedo, então, quando chegam aos 40 anos, já estão nos últimos óvulos, que têm maior risco de virem alterados. Por isso que aumenta a taxa de aborto e a taxa de síndromes”, afirmou.

A ginecologista deu, também, orientações para mulheres que pretendem ter filhos com 40 anos.

“O ideal, se ela pretende engravidar mais tarde e puder, é congelar os óvulos mais cedo, aos 30 anos, e isso permitiria que ela engravidasse depois. Se, mesmo assim, quiser tentar naturalmente, supondo que dê certo e ela engravide, ela pode, durante o pré-natal, fazer exames de diagnósticos o mais precoce possível para ver se a criança terá, ou não, alguma síndrome”, declarou.

Altina Castelo Branco falou, ainda, sobre um exame que tem função de analisar a reserva ovariana da mulher a partir de uma coleta de sangue, oferecendo uma estimativa da quantidade de óvulos que a mulher ainda possui.

“É um exame de sangue chamado Anti mülleriano, que mede um hormônio dosado no sangue, como um exame de glicose. Ele vai dizer se o meu ‘tanque de gasolina está cheio ou no amarelo’; se eu posso postergar a gravidez, ou não”, disse a especialista em fertilização.

Você escuta a entrevista na íntegra acessando o link do podcast, abaixo, ou na sua plataforma de áudio preferida.