A escoliose infantil atinge mais de 50 milhões de crianças em todo o mundo
Deformidade acontece, normalmente, a partir dos 10 anos de idade
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose infantil atinge mais de 50 milhões de crianças em todo o mundo. No Brasil, são mais de 1,6 milhão de pessoas com a doença, sendo que cerca de 160 mil delas precisam de tratamento cirúrgico. Para falar sobre o assunto, Jota Batista conversou, no Canal Saúde desta sexta-feira (19), com o cirurgião de coluna vertebral, escoliose e especialista em dor do Instituto de Ortopedia e Traumas de Pernambuco (IOT), Marcelo Andrade Filho.
O médico começou a entrevista fazendo uma consideração geral a respeito do tema, elencando pontos que julga importantes.
“Escoliose é uma coisa muito comum. Boa parte dos casos é chamada de escoliose de início precoce, que acontece antes dos 10 anos de idade. É tão comum, que em um grupo de mil pessoas, 30 a 60 terão escoliose. É mais “normal” iniciar a partir dos dez anos de idade, e não antes. Nesses casos, a evolução pode ser bem grave e requer várias cirurgias em toda a infância, mas essa realidade mudou um pouco com uma técnica nova que chegou no Brasil no ano passado”, disse.
Marcelo Andrade explicou, também, a campanha do Junho Verde e porquê ela é necessária.
“Para a conscientização das pessoas a respeito da escoliose, porque quanto mais cedo a intervenção, melhor para o paciente. Assim, consegue evitar cirurgias, usar coletes antes de precisar de intervenção cirúrgica. Tem que abordar, porque no futuro pode comprometer o desenvolvimento do pulmão da criança: a coluna deforma tanto que comprime o pulmão e ela não desenvolve o bem. Pode ter problema cardíaco no futuro, cansaço com esforços mínimos e, ainda, aumentar os riscos para a cirurgia”, declarou.
Ele falou, ainda, sobre algumas especificidades existentes na escolioses.
“Até três anos de idade, geralmente são escolioses benignas: acompanhando aquele bebê, a maioria se resolve espontaneamente. Antes dos seis anos, é mais comum em meninos e, acima dos seis anos, é mais comum em meninas.
Você acessa a entrevista na íntegra através do player abaixo: