A importância do cuidado e promoção da saúde mental materna
Transtorno ansioso e depressivo são os principais que acometem as mulheres na fase maternal
A saúde mental da mulher em qualquer fase da vida é importante. Mas, durante a maternidade o adoecimento mental pode interferir e ter consequências dolorosas para os filhos de mães que não se tratam. Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista, da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde desta quinta-feira (24), com a médica psiquiatra Adriana Figueira.
A médica estabeleceu dois gêneros de mulheres quando se trata de saúde mental relativa à maternidade.
“A gente tem que dividir em dois tipos de pacientes: aquele que já tem um transtorno mental e precisa de um acompanhamento conjunto com ginecologista e psiquiatra, e aquela que apresenta os sintomas durante o pré-natal, que engloba tanto a gravidez quanto o pós-parto- o período de aleitamento materno. A mulher que já tem histórico de transtorno mental, a chance é muito maior de recaída durante a gestação”, afirmou.
Adriana Figueira também diferenciou os dois principais tipos de transtornos psiquiátricos.
“Na mulher grávida, há de 10% a 15%, de pacientes acometidas por transtornos psiquiátricos. O transtorno ansioso tem alterações físicas, genéticas, hormonais, sociais e comportamentais envolvidas. É aquela paciente que se queixa muito, que está uma pilha de nervos, com problema para dormir, em conflito com o marido e com as relações de trabalho. Já no transtorno depressivo, observamos uma falta de prazer, uma falta de energia. Não é apenas uma mera tristeza, que isso fique bem claro”, declarou.
A psiquiatra falou, ainda, sobre a importância da família nessa fase.
“É o que a gente chama de rede de apoio. É um momento de muita incerteza: ela não sabe se vai dar conta da gravidez; não sabe se o bebê vai nascer com saúde; não sabe se vai dar conta depois do bebê nascer. Então esse suporte, essa compreensão e essa busca por ajuda da família e amigos mais próximos, é super importante para dar um conforto para a paciente se manter com o mínimo da saúde psíquica”, disse.
Você acessa a entrevista na íntegra através do player abaixo.
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