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Cingapura chega ao topo e São Paulo estreia em ranking das cidades mais caras para se viver; confira

Capital paulista é a primeira da América Latina a figurar no top 10

@ROTA1976

Pela primeira vez, Cingapura chegou ao topo do ranking das cidades mais caras do mundo, enquanto tenta se tornar um importante centro global para os ricos. Quinta classificada em 2022, agora ultrapassou Xangai e Hong Kong, que estão em segundo e terceiro lugares, respectivamente, segundo relatório do gerente de patrimônio Julius Baer Group.

Estreante na lista, São Paulo desbancou Paris e ocupa o nono lugar. A cidade brasileira é a primeira da América Latina a figurar entre as dez mais caras do mundo. O aumento de 37% no preço dos hotéis ajudou a alavancar o custo de vida na capital. Mesmo assim, segundo Julius Baer, ainda é mais barata que a média global para propriedades nobres, restaurantes e pousadas de luxo.

A atratividade de Cingapura para quem tem grandes fortunas levou ao aumento dos preços locais. Até o fim de 2022, a cidade-estado tinha cerca de 1.500 family offices (empresas que prestam serviços de gerenciamento de patrimônio), o dobro do ano anterior. É a cidade, por exemplo, onde os carros custam mais caro em todo o mundo.

Confira a lista completa:
Cingapura
Xangai
Hong Kong
Londres
Nova Iorque
Mônaco
Dubai
Taipei
São Paulo
Miami
Bangkok
Jakarta
Paris
Zurique
Tóquio

Imóveis e carros com preços altos
“Os altos padrões de vida e as crescentes demandas de infraestrutura local mostram que a vida aqui [em Cingapura] não sai barata”, diz o relatório. “Os imóveis residenciais têm uma demanda extremamente alta, e carros com impostos punitivos e seguros de saúde essenciais são 133% e 109% mais caros do que a média global, respectivamente.”

O Índice de Estilo de Vida de Julius Baer classifica as 25 cidades mais caras do mundo, analisando propriedades residenciais, carros, voos de classe executiva, escolas de negócios, jantares e outros luxos. A Ásia continua sendo a região mais cara para uma vida de luxo pelo quarto ano consecutivo.

Nova Iorque foi outra cidade que subiu no rankig. A capital financeira dos Estados Unidos foi da 11ª posição no ano passado para o quinto lugar, por conta do fortalecimento do dólar e da recuperação da pandemia.

Londres caiu do segundo lugar para o quarto lugar entre as cidades mais caras do mundo. O Brexit e sua “turbulência subsequente” continuam a prejudicar a reputação do Reino Unido e a capital agora enfrenta forte concorrência de centros financeiros em expansão, como Dubai e Cingapura, de acordo com Julius Baer.

Vinho e uísque mais caros
Pela primeira vez desde o início do relatório, Europa, Oriente Médio e África são as regiões mais acessíveis para se viver bem, com cidades europeias caindo no ranking.

Dubai saltou para o top 10 pela primeira vez, tornando-se a sétima cidade mais cara, enquanto Zurique caiu para o 14º lugar. Lá, a realocação de um grande número de indivíduos ricos afetou os preços e a demanda dos imóveis, disse Julius Baer.

A pesquisa constatou uma demanda crescente por viagens e entretenimento à medida que as restrições à pandemia foram suspensas. O custo de itens de luxo, como o vinho e o uísque globalmente aumentaram 17,2% e 16,2%, respectivamente.

— Muitas pessoas ainda estão no modo de festa pós-pandemia — disse Mark Matthews, chefe de pesquisa Ásia-Pacífico da Julius Baer, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.

Outros grandes ganhadores incluíram suítes de hotel e voos de classe executiva. Julius Baer pesquisou indivíduos de alto patrimônio líquido com ativos bancários de US$ 1 milhão ou mais entre fevereiro e março de 2023.