Como a gestão inteligente do Bayern ajudou a construir uma dinastia na Alemanha?
Entre todos os times que praticam futebol no mundo, poucos conseguem atingir o nível e excelência que o Bayern de Munique conseguiu. O time Bávaro dominou os campeonatos alemães nos últimos 12 anos e estabeleceu uma verdadeira dinastia em seu país. O sucesso no campeonato local ainda se soma a algumas temporadas vencidas do campeonato europeu (UEFA Champions League), como aconteceu em 2013 e 2020.
Nesse artigo, buscamos abordar melhor como funciona o modelo de gestão do clube alemão, bem como traçar paralelos como os demais times para que possamos compreender melhor o quão importante é uma gestão profissional. O desempenho esportivo, muitas vezes, é somente uma extensão do que é feito fora dos gramados.
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A virada de chave em 2010
Até 2010, o time bávaro ainda possuía bastante dificuldade em figurar entre as maiores equipes da Europa. Mas isso começou a mudar após a chegada de Louis Van Gaal, que promoveu uma verdadeira reforma no elenco, dispensando jogadores importantes, como Zé Roberto, Lúcio e Luca Toni e contratando uma safra mais jovem e com perspectivas futuras altas.
Os resultados foram imediatos. liderados pelo atacante holandês Arjen Robben, a equipe conquistou os dois torneios nacionais com méritos. O time conseguiu também alcançar o vice campeonato da Champions League, tendo eliminado o poderoso Manchester United dentro de Old Trafford.
A importância de entendermos essa virada de chave é que o mesmo modelo adotado em 2010, passou a ser feito nos anos subsequentes. Dessa forma, a equipe passou a investir consideravelmente em jogadores jovens, sejam eles advindos da base, ou contratado de outros clubes alemães. Essa fórmula rendeu ao clube duas tríplices coroas (2013 e 2020) e muitos outros títulos, além de elevar o valor de mercado da equipe de forma exponencial, superando, por muito os rivais alemães.
Como é o modelo de gestão do Bayern na prática?
Primeiro, é importante compreender que o Bayern possui um modelo de clube-empresa, algo que é relativamente comum na Europa. Entretanto, existem algumas peculiaridades quanto a esse modelo, que não estão presentes em todas as outras gestões.
Por exemplo, as cotas na associação são de 75% para os atuais gestores, que possuem o poder de decisão, e os outros 25% divididos em três empresas distintas: Audi, Allianz e Adidas, com 8,33% para cada uma delas. Dessa
maneira, o dinheiro entra, mas o clube não perde seu poder de mando. Portanto, as decisões seguem sendo tomadas por pessoas ligadas ao clube, sem que haja a interferência de terceiros, impedindo que o clube fique
totalmente a mercê de decisões que possuam um viés puramente mercadológico. Os resultados são impressionantes, o Bayern é um clube que a 29 anos apresenta anualmente lucro, sendo um ponto totalmente fora da curva, mesmo dentro do continente Europeu.
Clubes brasileiros tentam copiar o modelo do Bayern
Com o advento da SAF no Brasil, muitos clubes aderiram ao formato de clube-empresa, porém muitas dessas vezes, não houve um planejamento correto. Dessa forma, algumas equipes hoje se veem em situações complicadas e não pode, sequer, ter poder de decisão interno para a resolução de seus problemas. Por isso, alguns clubes brasileiros também têm buscado entender mais sobre como funciona o modelo de gestão do Bayern de Munique, com o intuito de tentar replicá-lo no Brasil. Os desafios são muitos, mas o time alemão é a prova viva de que o cuidado com as finanças e expertise operacional pode transformar o patamar de qualquer equipe. Resta ver se alguém vai conseguir repetir o modelo.
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