Relações diplomáticas

Amorim embarca para Cuba dia 15, para consolidar reaproximação do país caribenho com o Brasil

Assessor especial de Lula deve se reunir com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel

Celso Amorim - Fábio Rodrigues-Pozzebom

O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, viajará para Cuba no próximo dia 15, em mais um passo de reaproximação do Brasil com países que se distanciaram no governo do ex-presidente Michel Temer e perderam totalmente a importância na gestão de Jair Bolsonaro.

Ao Globo, Amorim disse que a visita ainda está sendo preparada, mas a existe a possibilidade de um encontro com o presidente da ilha caribenha, Miguel Díaz-Canel.

— Ainda estamos trabalhando no formato exato. Minha expectativa é que sim — afirmou Amorim, a ser perguntado se iria se reunir com o líder cubano em Havana.

A primeira missão do assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a buscar a melhora das relações diplomáticas foi uma visita a Caracas. Em março deste ano, Amorim se reuniu com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foi o primeiro contato de alto nível entre representantes dos governos brasileiro e venezuelano desde que Lula tomou posse, em 1º de janeiro.

O encontro foi revelado por Maduro, em uma rede social. O líder venezuelano, que até o governo passado não era reconhecido como presidente do país vizinho por dezenas de nações, incluindo o Brasil, disse que brasileiros e venezuelanos estavam comprometidos em "renovar nossos mecanismos de união e solidariedade que garantam o crescimento e o bem-estar da Venezuela e do Brasil".

Ex-chanceler de Lula nos dois primeiros mandatos e ex-ministro da Defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, Amorim é considerado um dos principais conselheiros de política externa do presidente. Além de retomar as relações com os vizinhos do hemisfério, o assessor especial foi à Rússia e à Ucrânia, para explicar a proposta de paz do presidente brasileiro.

Amorim esteve em Moscou,com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em abril deste ano. Em maio, ele foi até Kiev, onde se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.