Música

Benito Di Paula lança EP "Do Jeito Que a Vida Quer" ao lado do filho, Rodrigo Vellozo; ouça

Trabalho chega nas plataformas de streaming nesta quinta-feira (21), reunindo seis canções que refletem o legado do artista no samba e no pagode a partir da década de 1970

Benito de Paula e seu filho Rodrigo Vellozo lançaram single juntos - Murilo Alvesso / Divulgação

O inquieto Benito de Paula segue com sua intensa produção musical, dessa vez com um lançamento em família: o EP "Do Jeito Que a Vida Quer", em parceria com seu filho, Rodrigo Vellozo, lançado nas plataformas digitais, nesta quinta-feira (21). 

O novo trabalho foi idealizado para estudar a contribuição e o legado de Benito Di Paula para a música brasileira no samba e no pagode a partir da década de 1970. “Este EP é um entendimento no qual chegamos a considerar a obra do meu pai, Benito Di Paula, como um dos fundamentos da construção estética do samba a partir da década de 1970. Partimos também da compreensão da grandiosidade da importância do samba, do pagode e de seus expoentes dentro da cultura popular brasileira”, afirma Rodrigo. 

Sobre o EP
"Do Jeito Que a Vida Quer", faixa-título que abre o repertório, se tornou hit em rodas de samba por todo país. O EP traz essa e outras releituras da obra do artista, além de uma única música inédita, “Só eu só”, também composição de Benito. “É uma música feita a partir de uma obra do compositor Francisco Tárrega. Gosto de trazer o erudito pro samba, pra festa”, afirma o artista. “Não precisa de muita coisa” dá sequência ao EP, escrita por Benito e Adoniran Barbosa, uma maneira de homenagear outro grande nome da música brasileira. Retratando um romance em meio à uma roda de samba, a faixa seguinte, “Ela veio do lado de lá”, foi lançada em 1973.
 

Ouça:
 

Fechando o EP, “Amigo do Sol, Amigo da Lua” - composta em comemoração ao nascimento de Rodrigo - e “Parabéns pra Você”, regravação do Fundo de Quintal onde as vozes da dupla se misturam ao piano de cauda neste clássico do pagode dos anos 80. As duas já haviam sido lançadas como single antecipando o lançamento desse novo trabalho.

“Recentemente, ando refletindo sobre como determinadas manifestações artísticas são postas de lado nos processos de mediação cultural que tentam compreender a cultura popular brasileira. Os próprios termos samba e pagode (e os artistas relacionados a eles), muitas vezes, são vistos e compreendidos como de menor relevância dentro do que seria a música popular brasileira. Por isso, é importante escrever nossa própria história”, finaliza Rodrigo.