Mais de 6,5 mil vagas serão preenchidas com concurso único
A nova modalidade recebeu a adesão de 20 órgãos das administrações direta e indireta
O Governo Federal instituiu, este ano, o Concurso Público Nacional Unificado por meio do Decreto nº 11.722 publicado na última sexta-feira (29). O novo modelo vai reunir concursos públicos para o preenchimento de cargos públicos efetivos nas administrações direta e indireta da União.
De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), a aplicação das provas será simultânea em todos os estados e no Distrito Federal, da mesma forma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Sendo assim, o concurseiro poderá aplicar a nota em qualquer um dos blocos, concorrendo a uma das 6.590 vagas disponíveis na primeira edição.
A intenção do MGI é preencher as vagas abertas no serviço público federal no próximo ano. Os órgãos que já anunciaram suas adesões ao concurso unificado podem mudar de ideia quanto a até a próxima sexta-feira, dia 6 de outubro.
As instituições que têm vagas abertas e não aderiram à prova unificada, divulgaram ou ainda devem publicar seus editais. Os cargos que previam mais de um critério como provas de título e cursos de formação continuarão sendo feitos por meio de seleção específica.
De acordo com a ministra Ester Dweck, esse modelo poderá se repetir em outros anos como o próprio Enem.
Os custos do Concurso Unificado serão divididos entre os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional aderentes. Os critérios para a divisão serão estabelecidos em ato do Ministério.
Segundo o Art. 3º do decreto, o concurso tem os objetivos de promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.
Blocos temáticos
As vagas para os concursos serão divididas por blocos, são eles: Administração e Finanças Públicas (580 vagas); Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação (1.015 vagas); Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (1.040 vagas); Educação Ciência, Tecnologia e Inovação (1.194 vagas); Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.470 vagas); Trabalho e Previdência (940 vagas); Dados, Tecnologia e Informação Pública (895 vagas); além das oportunidades de Nível intermediário (692 vagas).
No momento da inscrição, os candidatos irão escolher um dos blocos e, em seguida, deverão indicar sua ordem de preferência para os cargos disponíveis.
Caso não queira, o candidato tem a opção de se inscrever apenas para uma vaga específica. Em relação ao preenchimento, a banca vai levar em consideração tanto o desempenho do candidato na prova como a ordem de preferência estabelecida para os cargos.
Aplicação das provas
A prova será dividida em duas partes e será realizada em um único dia. A primeira parte será formada por questões objetivas com matriz comum a todos os candidatos. Já a segunda terá questões específicas e dissertativas sobre os blocos que foram escolhidos.
Depois da primeira fase, pontuações relativas à titulação acadêmica, experiência profissional, apresentação de memoriais, provas práticas, entre outras, poderão ser aplicadas. Contudo, os pontos serão dados a critério dos órgãos ou por determinação legal de carreiras específicas.
A realização da prova está prevista para acontecer no dia 25 de fevereiro de 2024 e os resultados da primeira fase devem ser divulgados até o final de abril. Os cursos de formação, quando cabíveis, têm previsão para acontecer até julho de 2024 e a posse dos novos servidores até agosto do mesmo ano.
Cronograma de estudos
Além das informações sobre o concurso, os candidatos precisam iniciar os estudos para se preparar para a prova. Segundo a professora universitária Deborah Sobreira, o concurso, mesmo sendo unificado, normalmente é regido por uma banca.
Desta forma, a primeira dica que ela dá é avaliar o edital e saber quem é essa banca “Isso dará um norte sobre quais os conteúdos a serem cobrados e o perfil de prova que será realizada. O próximo passo seria buscar provas antigas e realizar a resolução das questões - cada banca tem um perfil e costuma repeti-lo em seus concursos”, explica a professora.
Outro ponto de extrema importância, ressalta ela, é a organização do horário de estudo.
“Calcule bem o tempo que tem até a data da prova e faça um cronograma”. A dica é sempre organizar estudo teórico seguido de resolução de questões.
“Quanto mais próximo da prova, melhor será deixar o tempo para praticar ainda mais a resolução de questões - isso vai melhorar a perspectiva sobre assuntos que ainda podem não estar tão fixados pelo estudante, como também lhe mostrar que consegue realizar a prova em um tempo hábil”, explica Deborah
Por fim, aqueles que vão tentar uma vaga também precisam cuidar da saúde mental A semana que antecede a prova deve ser de descanso, recomenda a espcialista. Segundo ela, uma mente preparada é uma mente tranquila.
Além disso, é bom ficar atento a temáticas atuais que estão em discussão no Brasil. Concursos unificados podem também trazer a tona esse tipo de conteúdo. A dica é ficar de olho nas notícias e estar pronto para fazer a correlação a assuntos gerais, como história, geografias, gramática, entre outros.