Saúde

Técnica de enfermagem coloca gestantes para dançar e viraliza nas redes

Luzia Castro trabalha na Maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte, no Ceará; seus vídeos contam com milhões de visualizações

Vídeos de Luzia Castro contam com milhões de visualizações na internet - Acervo pessoal

A passagem do grupo “RBD” pelo Brasil também rendeu outro tipo de passagem na Maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte, no Ceará. É lá que trabalha a técnica de enfermagem Luzia Castro, que viralizou colocando as gestantes prestes a dar à luz para dançar ao som de “Tras de Mi”. O vídeo conta com mais de 8 milhões de visualizações em apenas uma rede social.

Apesar da recente repercussão, o vídeo com a música dos “Rebeldes” não é o mais visto da conta de Luzia — a “versão obstétrica” de “Pipoca”, de Ana Castela, foi visto mais de 35 milhões de vezes no TikTok. Com mais de 600 mil seguidores, ela compartilha a rotina de aliviar as dores das mães que esperam o momento ideal para o parto normal.

— Tudo começou há 26 anos, quando minha experiência de parto normal não foi muito boa — conta Luzia. — As pessoas falam muito de violência obstétrica, e acredito que essa violência pode começar desde antes do contato médico, quando a pessoa é recepcionada na maternidade — acrescenta.

Motivada pela própria história, ela começou a ter outro olhar quando entrou para a área da saúde. As danças, em específico, começaram na pandemia, quando as pacientes não podiam ficar com acompanhantes na maternidade onde trabalha.

 

@oliberal.com BOA AÇÃO. Uma técnica de enfermagem viralizou na internet por aparecer divertindo gestantes antes do parto na maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte, Ceará. Com mais de 20 anos de experiência na área da saúde, a profissional Luzia Castro busca tornar o momento mais tranquilo para aquelas que estão prestes a trazer mais uma vida para o mundo. Assista. Saiba mais em oliberal.com Reprodução / @ luziadoula #doula #gestaçao #oliberal #amazoniajornal som original - oliberal.com

— Resolvi fazer diferente, conversar, dançar, colocar música na minha caixinha de som e assim começou — diz a técnica.

Hoje, além de trabalhar na rede pública do município, Luzia ainda atua como doula. Ela defende que a maternidade precisar ser mais reconhecida.

— É um momento de dor, tensão, medo, e quem é mulher sabe o que é passar nove meses com o bebê na barriga e ainda poder ter complicações, correr riscos — completa.