Custo de vida

Ranking mostra as 10 cidades onde é mais barato se viver. Só uma fica na America Latina

As três que ocupam o fim da fila no Índice Anual de Custo de Vida, da Economist, são baratas para mantimentos, bem como para outros produtos domésticos e de cuidados pessoais

A capital Síria, Damasco, é a cidade mais barata para se viver em 2023, segundo pesquisa da Economist - Reprodução

A cidade mais barata do mundo para se viver em 2023 é Damasco, capital da Síria, segundo o Índice Anual de Custo de Vida (WCOL na sigla em inglês), publicado pela Economist Intelligence Unit, ao ocupar o último lugar na lista de 173 cidades do mundo. Apesar disso, sua cesta de preços aumentou 321% em termos anuais e em moeda local.

Entre as dez cidades mais baratas do ranking da Economist, figura apenas uma latino-americana, Buenos Aires (Argentina), no 163º lugar.

Teerã (Irã) ocupa o 172º lugar, mesmo com uma taxa de inflação alta, de 49%. Já os preços em Trípoli (Líbia), 171º no ranking, subiram 5% no ano passado. Todas as três cidades são particularmente baratas para mantimentos, bem como para outros produtos domésticos e de cuidados pessoais.

Karachi, representando o Paquistão, ocupa a quarta posição entre as mais baratas, mostrando sua acessibilidade em comparação com outros centros urbanos globais. Tashkent, no Uzbequistão, Tunísia, Lusaka e Ahmedabad, na Índia, completam a lista, enfatizando a diversidade de cenários econômicos em todo o mundo.

A pesquisa mostra ainda que Caracas, na Venezuela, que ocupa o 144º lugar na lista , tem a inflação mais alta entre as cidades pesquisadas, de 450%.

A pesquisa lista também as cidades mais caras para se viver em 2023, com Zurique e Cingapura no topo da lista. Na classificação, destacam-se os aumentos de três cidades latino-americanas (Santiago de Querétaro e Aguascalientes, no México, e San José, na Costa Rica) devido à valorização de suas moedas e ao investimento estrangeiro.

A revista britânica estima que os preços tenham subido, em média, 7,4% em um ano nas 173 cidades estudadas, o que representa uma ligeira trava na inflação recorde de 8,1% registada em 2022.

“A crise do custo de vida está longe de terminar, e os níveis de preços permanecem bem acima das tendências históricas”, afirma Upasana Dutt, responsável pelo estudo. “Prevemos uma continuação do abrandamento da inflação em 2024”, defende o especialista, com base no efeito das elevadas taxas de juro fixadas por inúmeros bancos centrais para travar os aumentos de preços.

A pesquisa foi realizada entre 14 de agosto e 11 de setembro e comparou mais de 400 preços individuais em 173 cidades do mundo. Para calcular o índice do custo de vida das cidades, os dados sobre preços são convertidos para dólar e cada uma é comparada com a cidade de referência, Nova York.

Veja quais cidades ficaram nas últimas dez posições do ranking e que, portanto, são as que têm os menores custos de vida:

169º Buenos Aires (Argentina) e Chennai (Índia)

165° Lagos (Nigéria)

166° Ahmedabad (Índia)

167° Lusaka (Zâmbia)

168° Tunis (Tunísia)

169° Tashkent (Uzbequistão)

170° Karachi (Paquistão)

171° Trípoli (Líbia)

172° Teerã (Irã)

173º Damasco (Síria)