Petrobras volta a perfurar na polêmica Margem Equatorial; veja fotos
Em nota, a estatal disse que, por meio do poço de Pitu Oeste, vai obter mais informações geológicas da área
A Petrobras iniciou neste sábado (23) a retomada da perfuração em águas ultraprofundas na Margem Equatorial, região que vai do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte. O inicio das atividades está localizado na área chamada Pitu Oeste, a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte.
De acordo com a estatal, a perfuração levará de três a cinco meses e faz parte da concessão POT-17. A perfuração no Rio Grande do Norte ocorre enquanto a Petrobras aguarda a decisão do Ibama em perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas.
Em nota, a Petrobras disse que, por meio do poço de Pitu Oeste, vai obter mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu.
A Margem Equatorial é considerada uma área de nova fronteira exploratória e formada pelas bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É também considerada a área com maior potencial de aumentar a produção no Brasil após os bons resultados na vizinha Guina.
Se for confirmada a viabilidade econômica da concessão, será necessário conceber e desenvolver toda a estrutura operacional para a produção e será preciso realizar um novo processo de licenciamento ambiental específico para a etapa de produção, informou a estatal.
No Plano Estratégico 2024-2028 está previsto o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisa de óleo e gás na Margem Equatorial, onde a companhia planeja perfurar 16 poços nesse período.
Em nota, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que a empresa pretende contribuir "para o desenvolvimento socioeconômico da região, sem esquecer da importância em fazer parte dos esforços para promover a segurança energética nacional".