Férias: saiba os perigos de lesões durante mergulhos em praias, rios e piscinas
Mergulhos incorretos podem provocar traumatismos graves, como fraturas cervicais de paraplegia ou tetraplegia
Com o aumento das altas temperaturas muitas famílias planejam as férias e os banhos de praia e piscina são uma ótima forma de aliviar o calor provocado pela estação, mas também é necessário que as pessoas estejam alertas para os perigos que podem acontecer durante um simples banho, pois vários acidentes acontecem em superfícies molhadas. O médico ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Recife (IOT), Marcelo Andrade Filho, fez um alerta sobre os cuidados que se deve ter antes de cada banho, em entrevista à Jota Batista, na Rádio Folha 96,7 FM, no quadro Canal Saúde.
O médico Marcelo Andrade Filho lembra os cuidados que devem ser tomados, para evitar acidentes
“Alguns comportamentos de risco nas praias, rios e piscinas, especialmente os mergulhos podem provocar alguns traumatismos graves, como situações de fraturas cervicais de paraplegia ou tetraplegia que em alguns casos podem ser irreversíveis, sendo importante ter sempre o máximo cuidado quando estiver em ambientes molhados e superfícies lisas ”, alerta o médico.
Acidentes de mergulho são a quarta causa de lesão medular, de acordo com os dados do Atlas da Saúde, diz o ortopedista
“O estudo demonstra que a sua maioria ocorre em lugares com uma profundidade inferior a 150 centímetros. Quando superior a 3 metros por segundo, a velocidade do impacto é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis. Alguns cuidados é possível prevenir comportamentos de risco, trabalhando na velocidade do impacto, na forma como se entra na água e na fiscalização mais atenta da zona do mergulho.”
As estatísticas apresentadas pelo Sistema Nacional de Saúde resumem que a maioria dos acidentes ocorrem durante atividades de lazer, os acidentes são mais frequentes em piscinas do que no mar, 96% dos traumatismos atingem a coluna cervical, 15% dos acidentados ficaram em condição de tetraplegia, 92% ocorrem em indivíduos do sexo masculino e de acordo com um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatologica Francesa, na grande maioria dos casos a vítima desconhece ou conhece mal o local em que se dá o acidente.
Para que o número de acidentes seja evitado, o médico alerta para algumas medidas de segurança como antes de fazer o mergulho
“É preciso verificar o espaço (a cor da bandeira, se está numa área protegida, as condições envolventes, a sinalização no local, a profundidade da água). Não correr nunca o risco de mergulhar numa zona que desconhece, estar seguro (a) que não existem obstáculos à sua volta com que possa colidir, nomeadamente, rochas, pranchas e pessoas, procurar que a entrada na água seja feita numa posição mais oblíqua (menos vertical) de forma a atingir menor profundidade e amortecer a velocidade do impacto e lembrar de esticar bem os braços e mantenha as mãos à frente, para que a cabeça esteja protegida durante o mergulho. Se estiver em piscinas é importante saber a profundidade e redobrar a atenção com as superfícies lisas, evitando correr nessas áreas.Acompanhe a entrevista completa no link abaixo