Refinaria mudou a realidade econômica de Pernambuco
A retomada das obras dará nova força à economia do estado
Em meados da década de 70, quando o Complexo Industrial Portuário de Suape estava sendo concebido, seus idealizadores trabalhavam para que ele mudasse os rumos da economia de Pernambuco, muito dependente, até então, do setor sucroalcooleiro. Assim, seu primeiro plano diretor já previa a presença de grandes equipamentos estruturadores, entre eles uma refinaria.
Naquela época se discutia a necessidade de uma refinaria capaz de processar simultaneamente o petróleo pesado nacional e o importado da Venezuela, até antão o maior produtor da América do Sul. O assunto avançou e a Petrobras entendeu que a refinaria deveria ficar no Norte ou Nordeste do Brasil, para baratear os custos de frete e aumentar a geração de emprego e renda localmente.
Nos anos 90, o governador Miguel Arraes realizou uma campanha para atrair a refinaria para Suape, com destaque para um maratonista que correu, do Sertão ao Litoral, com uma tocha acesa como símbolo do empreendimento.
Após idas e vindas nas negociações entre os governos do Brasil e da Venezuela, e disputas acirradas pelo empreendimento entre os estados do Nordeste, finalmente, em 2005, no primeiro governo Lula, o projeto foi lançado e o local escolhido para receber a refinaria foi Suape.
Inicialmente orçada em US$ 2,3 bilhões e com previsão para ser concluída em 2011, a Refinaria Abreu e Lima até hoje não foi concluída e seu custo já alcança, segundo a própria Petrobras, US$ 20,1 bilhões - quase nove vezes mais.
Em 2019, após ter sido um dos alvos de investigação da Operação Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro, a refinaria viu os investimentos para sua conclusão minguarem. O resto da história todos sabem.
Para o bem ou para o mal, o fato é que a refinaria mudou a pauta de exportação de Pernambuco, colocando o óleo combustível no topo da lista dos produtos mais exportados pelo estado. O coque de petróleo e o querosene de aviação também estão lá.
Pernambuco passou a figurar entre os seis estados do Brasil que têm como principal commodity os óleos combustíveis, mesmo sem produzir uma gota de petróleo. A posição antes ocupada pelo açúcar. Além disso, a refinaria fez de Suape o porto líder na movimentação de granéis líquidos (combustíveis) e gás.
Agora, finalmente, a obra deve caminhar para sua conclusão, com mais R$ 10 bilhões em investimentos. Atualmente a produção é de 90 mil barris dias. Com a conclusão do primeiro trem, haverá um salto para 130 mil barris dia até 2025. O seu segundo trem deve ser concluído entre 2027 e 2028, dobrando essa produção para 230 mil barris dia.
A retomada das obras dará nova força à economia do estado, não só pela produção de mais óleo combustível, mas pela geração de mais de 12 mil empregos diretos.
CPRH
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) zerou os 4.570 pedidos de licenças ambientais recebidos como passivo do governo Paulo Câmara. Além disso, segundo seu presidente, José de Anchieta, em 2023 foram emitidas 12.350 licenças ambientais, incluindo cerca de 3 mil de baixo impacto.
Natura salário mínimo
Após implantar o programa Renda Digna, a Natura deixou de pagar salário mínimo a seus funcionários. A empresa decidiu adotar a referência de salário digno fornecida pela Wage Indicator Foundation, calculada de acordo com o custo de vida, que varia entre as regiões do Brasil e os países da América Hispânica.
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