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Academia Pernambucana de Letras celebra 123 anos com missão de atrair juventude

Durante a solenidade, foi empossada a nova diretoria eleita para o biênio 2024/2026, e entregue a premiação do Concurso Literário da APL 2023

Evento comemorativo pelo aniversário de 123 anos da Academia Pernambucana de Letras - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Responsável por guardar a memória literária do Estado, a Academia Pernambucana de Letras (APL) comemorou, nesta sexta-feira (26), 123 de fundação. Aberta ao público, a celebração ocorreu ao longo da noite, na sede da instituição, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife. Durante a solenidade, foi empossada a nova diretoria eleita para o biênio 2024/2026, e entregue a premiação do Concurso Literário da APL 2023.

À Folha de Pernambuco, o presidente reeleito, Lourival Holanda, explicou a missão da APL para os próximos anos. “Queremos tentar criar um modelo de academia mais aberta ao público, propositiva com cursos, respondendo à uma demanda popular”, começou. 

“Queremos atrair juventude. A função da casa é receber um legado, celebrá-lo e transmitir. É fundamental receber esse pessoal que está fazendo literatura, sobretudo com satisfação e alegria”, completou.

Última acadêmica empossada na Academia, a escritora e professora Flávia Suassuna foi a responsável pela saudação inicial da noite. Em conversa com a reportagem, a sobrinha de Ariano Suassuna se mostrou grata pelo reconhecimento recebido.

“Fiquei muito feliz. É como se fosse uma espécie de reconhecimento pelos meus esforços, pelos trabalhos que fiz pela literatura durante minha vida. Fui professora durante muitos anos, tenho nove livros escritos e vou publicar o décimo este ano. Sou agradecida pela acolhida que tive aqui na Academia”, contou. 

A solenidade ainda contou com a participação da escritora luso-brasileira Clara Haddad, que está de passagem pelo Recife para lançar “A velhinha e o porco”. 

Concurso Literário da APL 

Após quatro anos de intervalo, a premiação retornou abrangendo três categorias: Poesia, Conto e Romance. Contudo, por causa do elevado número de inscrições, a divulgação da obra vencedora da categoria Romance - Prêmio Vânia Souto Carvalho será feita em fevereiro.

Poesia e Conto

O paraense Alfredo Guimaraes Garcia, da cidade de Ananindeua, foi vencedor com a obra "Quando eu fui silêncio", na categoria Poesia - Prêmio Antônio de Brito Alves.

Já a paulista de São João da Boa Vista, Jenny Rugeroni, com "Jaguari", foi a contemplada em Conto - Prêmio Osman Lins.

Ambos não estiveram presentes na premiação. Entretanto, cada um dos vencedores irão receber o prêmio no valor de R$ 2 mil.

Menção Honrosa

Formadas por acadêmicos da APL, as comissões julgadoras escolheram obras com uma "excelente qualidade técnica", entre os requisitos.

Além dos vencedores, os acadêmicos também concederam menção honrosa e certificado da instituição, aos trabalhos a seguir:

Categoria Poesia - Prêmio Antônio de Brito Alves

"O Pó das Certezas", de André Luis Soares (Guarapari - ES)
"Abril", de Francisco Edmar de Freitas (Fortaleza - CE)
"Na Janela da Frente não Cabe uma Cidade", de Sérgio Corrêa Miranda Filho (Nova Friburgo - RJ)

Categoria Conto - Prêmio Osman Lins 

"Um Tijolo Parado no A"', de Thiago de Castro Souza (São Paulo - SP)
"As Linhas Intransigentes do Acaso", de Alex Alexandre da Rosa (Jundiaí - SP)