RETOMADA

Destruída por incêndio em 2019, flecha da catedral de Notre Dame começa a ter andaimes retirados

Nova estrutura, feita em carvalho e coberta com chumbo como a original do século XIX, deverá estar totalmente livre à visão do público até os Jogos de Paris, em julho

Catedral de Notre-Dame - Miguel Medina/AFP

Criada pelo arquiteto Eugène Viollet Le Duc (1814 - 1879), a flecha da catedral de Notre Dame, devastada pelo incêndio na igreja em 2019, estará totalmente visível em breve ao público. Uma das marcas da paisagem parisiense, a estrutura de 96 metros foi recolocado no topo da construção gótica e agora terá os andaimes que a cercam totalmente retirados.

A retirada dos aindaimes, que começou há poucos dias, deverá deixá-la totalmente visível até os Jogos Olímpicos de Paris, conforme informado à AFP. Obra-prima em madeira maciça de carvalho coberta por uma tampa de chumbo, o pináculo da flecha foi recriado nos mesmos moldes definidos por Le Duc no século XIX, com materiais originais escolhidos e validados em 2020 pela Comissão Nacional do Patrimônio e Arquitetura.

O conjunto de andaimes pesa 600 toneladas, com 100 metros de altura e é composto por 70 mil peças metálicas. Seus 48 níveis, ligados diretamente à estrutura, permitiram a montagem da flecha e de todas as peças maciças de carvalho, seguida da colocação da cobertura em chumbo.

A célebre flecha desabou, junto com outras partes da catedral, em 15 de abril de 2019, num grande incêndio que provocou começão mundial, com a imagem da Notre Dame em chamas sendo transmitida ao vivo. A reabertura da catedral está prevista para 8 de dezembro, e os trabalhos de reconstrução deverão continuar durante os Jogos Olímpicos, de 26 de julho a 11 de agosto, seguidos pelos Jogos Paraolímpicos, de 28 de agosto a 8 de setembro. As investigações sobre o incêndio continuam, com a investigação preliminar apontando causa acidental.