Federação Espírita Pernambucana se solidariza com vítimas do Geap

Ednar Santos, diretora de Comunicação da FEP, pediu orações aos religiosos e reforço na segurança do Governo

Ednar Santos, diretora de Comunicação da Federação Espírita de Pernambuco - Reprodução/ Facebook

Diretora de Comunicação da Federação Espírita Pernambucana (FEP), Ednar Santos prestou solidariedade às vítimas do crime que aconteceu na última quarta (5), no Grupo Espírita Amor ao Próximo (Geap) – no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes. “Foi uma tragédia num local onde as pessoas foram dizimadas por estarem tentando se espiritualizar, assistindo palestras, ouvindo falar de Jesus, de Deus. Lamentavelmente a sociedade está envolvida com essa escalada da violência”, declarou.

Ednar disse ainda a todos os religiosos, de todos os credos, precisam professar sua fé em seus estabelecimentos religiosos. “Pedimos que as autoridades possam enfatizar mais a segurança dos cidadãos, nos ajudar nesse sentido, não dando trégua ao crime, procurando melhorar os efeitos negativos que a violência traz”.

“Nós estamos em uma fase que estamos saindo do período de provas e expiações para um período de regeneração, mas vemos que os acontecimentos – crimes, corrupção – são resultados da falta de um processo educativo nas famílias, onde tudo começa”. Ednar citou ainda uma passagem do Evangelho Segundo o Espiritismo, "ajuda-te que o céu te ajudará". “Nós, religiosos, pedimos que as pessoas reforcem suas orações, se voltem para o alto”, pediu.

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Entenda o caso
Sete criminosos são suspeitos de assaltar o Grupo Espírita Amor ao Próximo (Geap), que fica na rua Zelindo Marafante, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, na noite de quarta-feira (5). Dois deles estariam dentro do centro assistindo às palestras, em meio aos participantes.

Por volta das 20h30, suspeitos com idades entre 20 e 25 anos, armados com revólveres, arrombaram o portão do Geap. Quase 200 pessoas participavam de uma reunião espírita, quando o assalto foi anunciado. O cabo Alexsandro Alves de Melo, do 18º Batalhão da Polícia Militar, estava no centro e reagiu.

Houve tiroteio e quatro pessoas morreram, sendo dois criminosos, uma frequentadora de 57 anos e o próprio cabo. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital da Restauração, na área central do Recife, mas faleceu na madrugada de quinta. O caso está sendo investigado pela 12ª Delegacia de Polícia de Homicídios.

Muitos frequentadores ficaram feridos na correria e outros passaram mal, nervosos, e foram atendidos. No local, havia dezenas de idosos. Na fuga, um dos suspeitos assaltou uma moradora para fugir no carro dela, mas não conseguiu dirigir o veículo, que é automático, e saiu correndo.