Pré-eclâmpsia: doença é a principal causa de morte materna e de bebês no mundo
Estima-se que a doença atinja cerca de 1,5% das gestantes no Brasil
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez, 80 mil mortes maternas e 500 mil mortes fetais ocorrem anualmente, em todo o mundo, decorrentes de doenças hipertensivas na gravidez. Os números são alarmantes e podem ser explicados pela principal causa: a pré-eclâmpsia, doença potencialmente perigosa caracterizada pela pressão arterial elevada acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9) após a 20ª semana de gestação.
Ainda segundo os dados trazidos anteriormente, estima-se que a doença atinja cerca de 1,5% das gestantes no Brasil, com a prevalência e a mortalidade materna variando de acordo com as condições socioeconômicas da população. Essa doença pode acontecer em qualquer gestação durante a segunda metade da gravidez e com duração dos sintomas até seis meses após o parto. Além da pressão arterial alta, os principais sintomas da pré-eclâmpsia incluem cefaleia (dor de cabeça persistente), inchaço repentino, principalmente nas mãos e no rosto, visão turva ou sensibilidade à luz, náuseas ou vômitos frequentes, dor abdominal superior, falta de ar e diminuição da produção de urina. Todos esses sintomas podem causar consequências tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo possível evoluir para a eclâmpsia, quando acontecem episódios de convulsões em repetição, sendo fatal se não for tratada adequadamente.
Para falar sobre o assunto, Patrícia Breda, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou no Canal Saúde com a Tocoginecologista e coordenadora do Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Brena Melo que explicou o que seria a pré-eclâmpsia
“É a pré-eclâmpsia é a convulsão da pressão alta da gravidez, então é muito importante que a gente consiga diagnosticar as pacientes que estão evoluindo com pressão alta durante a gravidez e identificar se ela surgiu naquele momento e se essa paciente já tinha pressão alta antes da gravidez e não sabia disso. Então a pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão elevada após a vigésima semana de gravidez.”
A especialista falou da importância de profissionais capacitados para diagnosticar a pré-eclâmpsia
“O que mais mata as mulheres quando a gente olha os números é a questão do treinamento e a capacitação dos profissionais de saúde e a conscientização de todos sobre o que é pré-eclâmpsia então é importante que todos reconheçam que é uma gestante com pressão elevada e que precisa ser cuidada num lugar de alto risco. E se essa mulher tiver sintomática e a pressão estiver muito elevada, ou ela tiver com uma pressão nova que ela não tinha antes, então digamos que a pressão dela no começo pré-natal fosse normal, e agora ela apresenta um 14 por 9 é importante reconhecer se ela está com pré-eclâmpsia. E se ela estiver com a pressão muito elevada acima de 16 por 10, 16 por 11, ela precisa ser encaminhada para urgência e às vezes ela apresenta sintomas como cefaléia, uma dor na boca do estômago. Então se ela tiver qualquer um desses sintomas é uma situação de urgência que ela precisa ir para um hospital ou maternidade para que ela seja manejada de maneira correta e fazer a medicação certa.”
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